Ex-vereador vai à Justiça questionar fechamento de ponte no Bingen

Uma ação popular movida pelo ex-vereador Paulo Pires questiona o fechamento de uma ponte localizada em um terreno onde funciona atualmente uma estação de tratamento de esgoto da concessionária Águas do Imperador no Bingen. Há mais de 10 anos a ponte era utilizada por moradores, pacientes do Hospital Santa Teresa e pessoas que queriam cortar caminho para chegar ao ponto de ônibus para se dirigir ao Centro mas, depois que o terreno foi cercado e a ponte, bloqueada, o espaço não pôde mais ser utilizado.

Segundo o ex-vereador, a ponte não poderia ter sido inutilizada, tendo em vista que se trata de um bem público que não foi desafetado pela Prefeitura, através de uma lei. Apenas essa medida poderia assegurar a legalidade do fechamento do espaço. Paulo Pires afirmou que, desde então, o fechamento da ponte à passagem é um arbitrariedade. 

“O local ainda é tombado! Durante o processo, iniciado há três anos, soubemos ainda que a empresa ficou responsável, após um acordo com o IPHAN, por realizar trabalho de paisagismo na área onde foi instalada a rede de tratamento, mas isso não foi feito. Resumindo: retiraram um bem público sem autorização do município, que também não impediu o absurdo, e também não fizeram o que prometeram”, disse. O ex-vereador ressaltou ainda que os principais prejudicados foram os pacientes e pessoas com dificuldades de locomoção que utilizavam a ponte para cortar caminho. 

Procurada, a Prefeitura informou que aguarda posicionamento da Justiça para tomar as medidas cabíveis sobre o caso, mas frisou que “a ponte está em um terreno particular, adquirido pela concessionária para implantar a ETE”. Disse, ainda, que Águas do Imperador autoriza a passagem de pessoas em caso de necessidade. O IPHAN e a empresa Águas do Imperador não se pronunciaram sobre o assunto.