Ex-presidente da CPTrans deixa o cargo após ser citado em denúncia sobre suposto esquema de “rachadinhas” na Uerj
Um suposto esquema de “rachadinha” envolvendo políticos do Rio de Janeiro está sendo investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Segundo a 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro, foram instaurados três procedimentos que seguem em sigilo.
Quatro bolsistas disseram ao Uol, em condição de anonimato, que recebiam a maior bolsa paga pela universidade, no valor bruto de R$ 34 mil mensais, pagos pelo Governo do Estado, e tinham que repassar para os operadores que os indicaram para as vagas.
O esquema, que teria durado de junho a agosto de 2022, período eleitoral, tinha falsos contratados para um projeto na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Entre as pessoas que aparecem na folha de pagamento do projeto, segundo o “Uol”, está o ex-diretor-presidente da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes, Fernando Badia, que se afastou do cargo no fim de abril. Desde então, a CPTrans está sendo administrada interinamente pelo presidente do Conselho de Administração da Companhia, Thiago Damaceno.
Com a palavra, Fernando Badia
Fernando Badia, ex-diretor-presidente da CPTrans, é citado na denúncia como uma das pessoas que teria recebido dinheiro no projeto. À Tribuna, Fernando afirmou que, após a matéria veiculada pelo Uol, se afastou imediatamente da CPTrans para preparar sua defesa, ainda sem saber os pormenores, já que não existe nenhuma acusação de fato. Badia ressalta que tem mais de 20 anos de vida pública e que nunca se envolveu em nenhum ato ilícito.
O que diz a UERJ
Procurada, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro disse que vem realizando todas as apurações necessárias ao esclarecimento dos fatos, sendo a maior interessada em elucidar quaisquer denúncias de irregularidades.
O que diz a Prefeitura de Petrópolis
A Prefeitura de Petrópolis também foi procurada e informou que “Fernando Badia deixou o cargo na sexta-feira (28), por questões pessoais. A CPTrans está sendo administrada interinamente pelo presidente do Conselho de Administração da Companhia, Thiago Damaceno. Os questionamentos são de foro pessoal e não cabe à Prefeitura responder sobre o assunto.”
O Governo do Estado também foi procurado para um posicionamento a respeito das investigações, mas não respondeu até o fechamento desta matéria.