• Evair de Melo e André Janones brigam em sessão que ouve Silvio Almeida na Câmara

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  • 26/09/2023 17:50
    Por Gabriel de Sousa / Estadão

    Os deputados André Janones (Avante-MG) e Evair Vieira de Melo (PP-ES) trocaram empurrões em uma sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara com a presença do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, nesta terça-feira, 26. A confusão começou após o parlamentar capixaba tentar apartar uma discussão entre Janones e o deputado Filipe Barros (PL-PR), que chamou o ministro de “covarde”.

    Janones disse para a presidente da colegiado, Bia Kicis (PL-DF), que Almeida havia sido ofendido pelo parlamentar. Após Barros pedir um tempo a mais de fala, Janones falou para o parlamentar paranaense “calar a boca”, e ambos se levantaram para discutir entre as mesas do plenário. Evair tentou apartar a discussão, mas depois segurou o mineiro pelo terno, o que levou a uma troca de empurrões.

    Kicis solicitou a presença da Polícia Legislativa para “acalmar o ânimo” dos parlamentares. Depois de cinco minutos de interrupção, a sessão prosseguiu com os dois parlamentares em suas cadeiras.

    Silvio Almeida está na comissão por conta de um requerimento protocolado por Evair de Melo, que quer que o ministro preste “esclarecimentos” sobre um discurso que fez no lançamento do Relatório de Recomendações para o Enfrentamento ao Discurso de Ódio e ao Extremismo no Brasil, em julho deste ano. No evento, o chefe da pasta dos Direitos Humanos disse que “pessoas com mandato que destilam ódio não terão um dia de paz”.

    “Nós não temos um dia de paz. Por exemplo, nas últimas semanas, vimos pessoas com mandato, enfim, destilando ódio e que (isso é) algo que nós vamos ter que tomar algum tipo de providência. Não tenho dúvida de que a estabilidade, não apenas da democracia no Brasil, mas da República, vai depender da nossa capacidade de reagir à altura contra esses arautos do caos, do desespero e do ódio. Não tenham dúvidas de que os adversários da democracia e da República também não terão um dia de paz”, disse Silvio Almeida na ocasião.

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