EUA enviarão à Ucrânia arma com maior alcance
Os EUA vão enviar no próximo pacote de ajuda à Ucrânia – estimado em US$ 27 bilhões – uma nova arma que pode dar mais poder de fogo para atingir as tropas russas: uma bomba guiada de precisão com alcance de até 150 km – o suficiente para atingir todas as áreas ocupadas por Moscou, a fronteira da Crimeia e até cidades na Rússia.
A GLSDB (sigla em inglês para Bomba de Pequeno Diâmetro Lançada do Solo) foi desenvolvida pela Boeing americana e pela Saab sueca. Sua grande inovação é ser simples de operar: um foguete é acoplado a munições antigas, transformando-se em um pequeno míssil que pode atingir alvos a longa distância.
Atualmente, a arma de maior alcance da Ucrânia é o Sistema de Foguetes de Lançamento Múltiplo Guiado. Seus foguetes podem viajar 77 quilômetros, enquanto o alcance do GLSDB é de 151 km, permitindo aos militares ucranianos atacarem as forças russas de uma distância maior ou penetrarem mais profundamente no território controlado pela Rússia.
Além disso, como as novas armas funcionam acopladas a munições antigas, seu custo é baixo, de US$ 40 mil por peça. Um míssil ATACMS (Sistema de Míssil Tático do Exército) custa US$ 1 milhão. A Ucrânia já dispõe das plataformas de lançamento do GLSDB, como o sistema M270 americano.
O GLSDB movido a foguete combina a bomba de pequeno diâmetro GBU-39, normalmente lançada de aviões, com o motor de foguete M26, ambos comuns para o Exército dos EUA. O GLSDB pode ser disparado de lançadores de foguetes como o sistema Himars, já fornecido pelos EUA para a Ucrânia.
Eficácia
Os avanços tecnológicos do GLSDB o tornam potencialmente mais eficaz. A bomba está equipada com asas que lhe permitem planar até o alvo e um motor de foguete para dar alcance extra. O sistema de navegação permite contornar obstáculos, ao contrário da artilharia tradicional, que segue um arco parabólico em direção ao alvo.
A arma também está equipada para impedir algumas tentativas de interferência e possui explosivo programável. O alcance pode forçar a Rússia a mover seus suprimentos ainda mais longe das linhas de frente, tornando seus soldados mais vulneráveis e complicando muito os planos para qualquer nova ofensiva. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.