• Eternas lembranças

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  • 07/08/2018 08:30

     Eis, para meus confrades acadêmicos, uma crônica de reverência e muita saudade, permitindo ocupar este espaço de opinião de nossa querida “Tribuna de Petrópolis”, para evocar meus admiráveis ancestrais de larga e edificante passagem pela vida cultural brasileira. É regozijo íntimo por estar fechando os dois últimos volumes do livro “Os 3 Heleodoros”, tendo publicado o 1º volume no ano de 1981 pela “Editora e Gráfica Revista Social”, sob inestimável contribuição profissional de meus inesquecíveis amigos jornalistas acadêmico honorário Celio Salim Thomaz e acadêmico efetivo João Augusto da Costa.

    A obra tem por norte o registro biográfico de Joaquim Heleodoro Gomes dos Santos – mesmo nome de três cidadãos – cada qual vivendo intensamente a cultura de suas épocas, e que foram : meu bisavô (* Ribeira, Porto, Portugal, 07/05/1820 – + Rio de Janeiro/RJ, 03/08/1860) ; meu avô (*Rio de Janeiro/RJ, 10/02/1847 – + Petrópolis/RJ, 21/07/1898) ; e meu pai (*Niteroi/RJ, 09/05/1888 – + Petrópolis/RJ, 19/09/1959).

    O 1º volume, editado, contém vida e feitos de meu pai; o 2º volume contempla meu bisavô e sua gloriosa participação na renovação da arte teatral na Corte do Rio de Janeiro ; o 3º volume, meu avô escritor e poeta, integrando dito volume toda sua obra publicada em livros, jornais e revistas de seu tempo, na Corte do Rio de Janeiro, onde desenvolveu suas atividades profissionais e literárias.

    Objetivando os retoques finais dos dois volumes inéditos, busquei as crônicas, artigos, cartas e críticas literárias ao 1º volume de “Os 3 Heleodoros”, selecionando 4 trabalhos da lavra da acadêmica Hebe Machado Brasil, do acadêmico Mauricio Cardoso de Mello e Silva, de João Christiano Maldonado, e de Abdias Lima, este poeta nordestino, Fortaleza/CE, e preciosas e alentadoras cartas de amigos contendo bela fortuna crítica, como aquelas dos escritores e poetas, de nossa Petrópolis/RJ: acadêmico João Francisco; Irmã Coleta Cavalcante de Moraes, Superiora e Diretora da Escola Doméstica Nossa Senhora do Amparo; acadêmico Dr. Orlando Carlos da Silva, historiador Francisco de Vasconcellos; acadêmico Antônio Virginio de Moraes; professor Mauricio Cardoso de Mello e Silva, cirurgião-dentista Henrique Pereira Jerônymo e minha querida irmã Ruth dos Santos Almeida.

     E igual honra pelas observações de amizade e apreço de meus amigos de outras localidades: cordelista maior do Brasil, Rodolfo Coelho Cavalcanti, de Salvador/BA; poeta Euclides da Cunha, de Inhaúma/MG; ficcionista e poeta Paulo Mac Niven, do Rio de Janeiro/RJ; escritor Sylvestre Gonçalves da Silva, do Rio de Janeiro/RJ; Poeta, trovador Eno Teodoro Wanke, do Rio de Janeiro/RJ; bacharel Mário Antônio G. Lopes, do Rio de Janeiro/RJ; poeta e escritor José Pinheiro Fernandes, de Valença/RJ; e historiador Marcelo de Ipanema, Rio de Janeiro/RJ.

    Todo esse material de fortuna crítica integrará o 2º volume de “Os 3 Heleodoros”, como reconhecimento a quantos se mostraram interessados na difusão da vida e feitos de meus caros e queridos ancestrais pelo lado paterno.

    A razão desta crônica eu a encontro na data de 3 de agosto, dia da fundação (em 1922) da Academia Petropolitana de Letras, idealizada e honrada com edificante interesse e diuturno trabalho por meu pai Joaquim Heleodoro, até sua morte no ano de 1959. Tendo idealizado o sodalício, sugerido ao publicista João Roberto d´Escragnolle sua fundação, Joaquim Heledoro participou atividamente na criação da entidade, foi decisivo redator da comissão estatutária e integrando as diretorias em seguida, passando pela presidência e, como secretário da Diretoria de Nair de Teffé (mandato de 25/03/1928 a 28/12/1932) com ela elaborando e estabelecendo a mudança da razão social de Associação de Letras para Academia Petropolitana de Letras. A entidade completou 96 anos, a caminho do centenário, a ocorrer em 2022. Que se mobilizem os atuais integrantes dos quadros acadêmicos para que a data tenha comemorações condignas e à altura de sua magnífica obra cultural.


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