• Estudantes vão disputar Olimpíada de história e cultura Afro-Brasileira; veja como se inscrever

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  • 08/jun 08:35
    Por Beatriz Viana / Estadão

    Equipes formadas por professores e estudantes do ensino fundamental e médio de escolas públicas podem se inscrever na 1ª edição da Olimpíada Brasileira de Relações Étnico-Raciais, Afro-Brasileiras, Africanas e Indígenas (Obereri) até o dia 15 de junho.

    A Obereri é uma competição acadêmica realizada pela Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN) para promover uma educação mais inclusiva e representativa sobre as relações raciais, história da África, dos africanos, afro-brasileiros e indígenas por meio de ações de ensino, pesquisa e extensão junto a escolas da Educação Básica.

    Para participar, os estudantes devem estar matriculados no oitavo e nono anos do ensino fundamental ou no primeiro e segundo anos do ensino médio. As inscrições devem ser realizadas em grupos com até 10 alunos de cada nível e precisam ser obrigatoriamente efetuadas por um professor orientador com vínculo empregatício ativo com a escola.

    Para se inscrever cada equipe precisa escolher um nome e inserir os nomes completos, e-mails e CPFs de todos os membros exclusivamente por este formulário.

    “A inclusão das diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações raciais é muito importante para os estudantes se sentirem representados, pertencentes, conhecerem a sua história e poderem, de fato, se apropriar dela. Além disso, é por meio da educação que podemos e almejamos construir uma perspectiva de sociedade mais igualitária”, explicou Jessyka Faustino, Secretária de Comunicação da Obereri.

    Cada estudante só pode compor uma equipe, mas o professor orientador pode representar mais de um grupo de alunos e as escolas podem inscrever equipes ilimitadas. No entanto, a organização recomenda que no caso de escolas com mais de um grupo competindo, os professores orientadores sejam diferentes para que não aconteça nenhum erro. A Obereri acontecerá em cinco etapas:

    1º etapa – Sensibilização e Divulgação (Online/Maio – Junho): Divulgação e inscrição da Olimpíada;

    2º etapa – Estudos e Preparação (Online/Junho – Agosto): Acesso a materiais didáticos focados nas temáticas da OBERERI;

    3º etapa – Fase Regional (Online/Agosto): Aplicação de tarefas e prova;

    4º etapa – Fase Estadual (Assíncrona/Setembro): Elaboração de um plano de trabalho ou projeto sobre uma intervenção artístico pedagógica e produção de um texto sobre a intersecção entre temas da área da OBERERI;

    5º etapa – Fase Nacional (Semipresencial/Outubro): Apresentação da proposta elaborada na fase anterior por meio de um vídeo ou podcast de 3 a 5 min e redação de uma resenha crítica sobre as ações desenvolvidas em sua escola que tratam as discussões desenvolvidas na Obereri.

    Após o resultado e classificação final, os estudantes vencedores serão premiados com certificados, medalhas e prêmios. As instituições ganharão um certificado de escola antirracista e um kit com materiais didáticos. Já os professores receberão menção honrosa e certificado de participação.

    Em novembro, os alunos campeões vão participar da Mostra de Tecnologias e Aplicações (META) na Área de Educação para Relações Étnico-Raciais. Trata-se de um evento para estimular o uso criativo da tecnologia para abordar diversidade, igualdade e inclusão e destacar as propostas que foram desenvolvidas na 5º fase pelas equipes vencedoras.

    Os medalhistas também participarão de uma seleção para o Programa de Iniciação Científica da Olimpíada Brasileira de História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena nas Escolas Públicas (PIC – OBERERI). Serão concedidas 52 bolsas no valor de R$ 300 aos alunos mais bem colocados na Obereri a partir de fevereiro de 2025.

    Uma iniciativa que incentiva uma formação crítica, científica e reflexiva através de ações de ensino, pesquisa e extensão. “É a ciência brasileira ganhando um rosto, uma voz, uma escrita mais diversa e esses estudantes descobrindo e entendendo que podem ocupar esse lugar e finalmente, ocupando” salientou Jessyka.

    * Este conteúdo foi produzido em parceria com a Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN)

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