Estudantes enfrentam fila e longas esperas para obter o vale-transporte

A volta às aulas trouxe um antigo problema de Petrópolis: as longas filas enfrentadas por quem deixou para a última hora a solicitação de gratuidade, descontos ou segunda via do bilhete eletrônico do transporte público. Por conta disso, a calçada do Setranspetro, responsável pelos cartões, ficou lotada, e o tempo de atendimento passou de uma hora, em horários de pico.

Nessa quarta-feira (21) foi mais um dia de grandes filas. A manicure Daiana Assunção teve que ter paciência para pedir a carteirinha do filho, de 12 anos, que ingressou numa escola pública da cidade. “Na nossa correria, passou o Carnaval e eu não consegui vir aqui. Agora que tive um tempo, tive que trazer os documentos para pedir o cartão. O problema é que está demorando muito, e a fila é monstruosa. Mas não tem jeito, tenho que esperar”, reclamou

Assim como Daiana, muita gente acabou deixando para a última hora a solicitação ou troca dos cartões magnéticos para uso do transporte público do município. E isso acabou agravando a situação. Com exceção de alguns casos, estudantes da rede municipal poderiam ter comparecido ao Setranspetro desde a renovação de matrícula, em novembro, conforme explicou a gerente do sindicato, Carla Rivetti. “Essa renovação poderia ter sido feita desde novembro. E o resultado acaba sendo uma fila maior do que a normal”, contou.

Para tentar driblar a situação, e acelerar o atendimento o Sindicato dobrou a equipe de funcionários, ocupando oito guichês para fazer cadastro, renovação ou solicitação de segunda via do bilhete eletrônico. Mas, mesmo assim as filas só vêm crescendo. “Trabalhamos em esquema de plantão, tem funcionários na fila fazendo triagem, informando às pessoas sobre quais os documentos necessários, para que ninguém perca tempo. A demanda é muito grande e nós fazemos de tudo para melhor atendê-los”, explicou Carla.

O Setranspetro informou também que todos os alunos da rede municipal que já estavam matriculados em 2017 e permanecem em 2018 tiveram seus cartões desbloqueados automaticamente no dia 5 de fevereiro. Precisam comparecer ao sindicato, apenas os estudantes que estão entrando agora na rede, que precisam da 2ª  via ou que apresentam alguma restrição no cartão e que não estejam conseguindo utilizá-lo. Os estudantes da rede particular também precisam fazer a atualização cadastral no início de cada semestre. Alunos da rede estadual devem procurar a própria unidade de ensino.

Segundo o Sindicato, o tempo de espera médio na fila varia de 20 minutos a 1h40, dependendo do fluxo de pessoas. O tempo de espera é menor no turno da manhã.

Em janeiro foram registrados 2.011 atendimentos, numa média de 100 atendimentos por dia. Já no início do ano letivo, a média é de mais de 350 atendimentos por dia. Na segunda-feira , foram 408 atendimentos efetivos, além das pessoas que buscam apenas informações. No ano passado, foram mais de 10 mil atendimentos só no mês de fevereiro.

A recomendação é programar e separar os documentos necessários para cada operação a ser realizada. Todas as pessoas que chegarem até as 16h30, receberão senhas e serão atendidas no mesmo dia. Ao todo, são economizados, no mínimo, R$ 195,00 em passagens, por mês, para os deslocamentos dos estudantes da rede municipal e R$ 85,00, para os estudantes da rede particular que têm direito a 50% de desconto na tarifa.

Para saber mais informações, basta acessar o site do Setranspetro (www.setranspetro.com.br), onde está listada toda a documentação solicitada pela Divisão de Apoio Administrativo da CPTrans, atendendo as determinações previstas nas leis e decretos municipais e também é possí- vel imprimir o cadastro para alunos novos.