• Estrada União e Indústria: nove anos de espera

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  • 25/03/2018 07:00

    Há nove anos, quem circula pela Estrada União e Indústria diariamente espera pelo início das obras de recuperação da via, sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Em 2009, o órgão federal foi condenado pela Justiça, que determinou um projeto de revitalização e o início das obras. No entanto, até hoje, as intervenções nunca saíram do papel. Além do atraso de quase uma década para o início das melhorias, o Dnit também não renovou o contrato de manutenção emergencial, que terminou em dezembro. 

    O Dnit deveria recuperar o trecho do Retiro até Pedro do Rio, realizando obras de contenção, drenagem e sinalização, mas quem trafega pela via se depara com buracos, falta de acostamento e calçadas, além de sinalização deficiente. De acordo com dados da Prefeitura, toda a estrada tem 25 km e cerca de 100 mil pessoas passam por ela diariamente. Uma contagem feita pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) aponta que, em média, 25,5 mil veículos passam todos os dias pelo trecho que vai do Retiro a Pedro do Rio.

    Há 30 dias o Dnit iniciou a revisão do projeto de revitalização que foi elaborado em 2011. A previsão é entregar o relatório preliminar em 60 dias e o texto final 90 dias depois. O presidente da NovAmonsanta, Jorge de Botton, participou esta semana de uma reunião com a empresa contratada pelo Dnit para revisar o projeto. "O nosso objetivo era entender o que estava sendo feito, saber como está o andamento desse trabalho de revisão e poder contribuir com ideias que irão beneficiar quem mora nos distritos e utiliza diariamente a estrada", disse.

    O presidente da NovAmonsanta explica que o projeto, apresentado em 2011, precisava de adequações. "Existiam intervenções adicionais que não estavam contempladas no projeto original. Como o Dnit demorou para iniciar as obras, essa revisão era necessária. São melhorias na pavimentação, criação de baias de ônibus, rotatórias e melhorias em alguns acessos", disse Jorge de Botton.

    Ele explicou que o projeto apresentado em 2011 chegou a ser licitado em 2016, no entanto a empresa vencedora abriu mão do contrato. A empresa que ficou em segundo lugar também não quis assumir o projeto, alegando que o valor de R$ 34 milhões oferecido pela vencedora não cobria os custos da obra. "Com isso, o projeto não saiu do papel. Esperamos que a revisão seja concluída dentro do prazo e o Dnit abra novo processo licitatório para contratar a empresa que ficará responsável pela execução das obras. O valor de R$ 39 milhões está reservado para que as intervenções tenham início". 

    Até o fechamento desta edição, o Dnit não respondeu quando fará nova licitação para o serviço de manutenção da Estrada União e Indústria. O órgão também não informou se há previsão para início das obras de recuperação da via.

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