• Estrada União e Indústria é a via com o maior índice de acidentes

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  • 29/01/2018 10:25

    De forma inédita, a CPTrans apresenta na 14ª Conferência Municipal de Trânsito e Transportes (CMTT) o relatório estatístico com informações sobre acidentes de trânsito em Petrópolis. O documento, elaborado ao longo do segundo semestre do ano passado*, consolida dados de 2016 e é divido em três partes: a primeira traz os dados da frota de veículos no município nos últimos 15 anos, a segunda mostra a evolução dos acidentes no período de cinco anos a partir de 2012, e a terceira com detalhamento dos acidentes de trânsito ocorridos nos 12 meses de 2016. A apresentação ocorre na sexta-feira (02), primeiro dia de conferência, a partir das 19h, na Casa de Educação Visconde de Mauá. 

    O documento também apresenta, pela primeira vez, mapas de calor apontando que os cruzamentos da cidade são os pontos com maior probabilidade de ocorrer acidentes – ainda que em menor gravidade. Ele também destaca que é na Estrada União e Indústria onde existe o maior número de ocorrências. Apesar do dado, o relatório faz um contraponto com uma análise mais aprofundada e que considera o número de acidentes por quilômetro. Neste caso, apesar da União e Indústria liderar o número de acidentes, ela é rua que tem o menor número de ocorrências por quilômetro entre as 10 ruas com maior percentual de sinistros da cidade. 

    “Consolidar estes dados é importante para que possamos atuar nos locais certos da cidade. E, também, é uma forma de mostrar à população que deve ficar atenta ao trânsito e que é, sim, responsável por si e pelo seu próximo quando se trata do trânsito. Quando iniciamos nossa gestão não havia dados como este para trabalharmos, o que compromete a atuação das equipes. Agora, munidos com essas informações, vamos ter subsídios para priorizar à atenção em pontos que são necessários”, destaca o presidente do Comutran e diretor-presidente da CPTrans, Maurinho Branco.

    O relatório aponta o crescimento expressivo no número de veículos em Petrópolis: em 15 anos, houve acréscimo de 83% de carros nas ruas da cidade chegando a 162 mil em 2016 sendo 16,6% ou 18.720, motocicletas. Há informações, também, sobre o decréscimo de acidentes a partir de 2013, quando a PMERJ implantou o registro eletrônico de acidentes sem vítimas, e que, na maioria das vezes, não são registrados pelos envolvidos. Naquele ano, o número de acidentes chegou a 2.205 com 1.246 vítimas – em 2016 o registro caiu para 1.727, mas o número de vítimas subiu a 1.428.

    De acordo com o diretor técnico e operacional da CPTrans, o especialista em engenharia de trânsito, Luciano Moreira, os próximos relatórios, a partir de 2017, irão contar com o número de vítimas de trânsito que chegam vivas ao hospital, mas morrem em decorrência do acidente. Até aqui, os dados cruzam apenas informações da Polícia Militar, Bombeiros e Samu, que só consideram vítimas fatais aquelas pessoas que morrem durante o sinistro ou a caminho do hospital. 

    “Os relatórios feitos até agora não alcançam a real dimensão das vítimas de trânsito em Petrópolis. Uma pessoa que dá entrada no hospital, mas que não resiste e morre na unidade de saúde precisa ser considerada nas estatísticas de acidentes de trânsito. Isso até aqui não era feito e passará a ser para termos um documento ainda mais preciso nas próximas apresentações e para o nosso trabalho”, explica Luciano Moreira. 

    Os próximos relatórios continuarão trazendo o perfil dos acidentados. Em 2016, por exemplo, a maioria das vítimas foram homens de 21 a 30 anos. Dos 18 casos com vítimas fatais, 9 deles eram de acidentes com motocicletas. Além disso, a maioria dos acidentes, 35% deles, ocorreram no Centro, seguindo de Itaipava (15%), Quitandinha e Corrêas (9%) e Bingen (8%). O documento traz ainda os acidentes por tipo: colisão, choque, abalroamento, tombamento, capotamento, queda de modo, atropelamento e outros. 

    “Estamos trabalhando essas informações, que serão detalhadas na apresentação da 14ª Conferência Municipal de Trânsito e Transportes (14ª CMTT). Nossa intenção é mostrar qual é o real cenário da cidade e discutir com a população medidas que poderão ser tomadas para redução dessas estatísticas, além da abordamos a questão da mobilidade urbana. É um momento de todos expressarem suas opiniões. A inscrição para participar vai até quarta-feira (31.01) e é importante que todos participem deste momento”, convida Maurinho Branco.

    Conferência ocorre sexta e sábado

    Com o tema “A otimização do transporte coletivo e a melhoria da mobilidade urbana”, a CPTrans realiza na próxima sexta (02) e sábado (03) a 14ª CMTT, no Casa de Educação Visconde de Mauá. À ocasião serão escolhidos os 11 representantes para compor o Comutran. As inscrições para votação nos representantes podem ser realizadas na Rua Alberto Torres, nº 155, Centro, ou pelo site http://www.petropolis.rj.gov.br/cpt/ clicando no banner indicativo. 

    A programação da 14ª edição vai discutir o tema proposto e tem o intuito de democratizar o debate sobre mobilidade urbana na cidade, incluindo todos pedestres, motoristas, passageiros, motociclistas, cliclistas e todos os demais personagens que fazem parte do trânsito da cidade a fim de propor soluções e alternativa para melhoria da mobilidade em Petrópolis. 

    Na sexta-feira, a programação começa às 19h e tem previsão de término às 21h. Já no sábado, a conferência terá início às 9h seguindo com a programação até às 16h – dia em que ocorre a votação para o Conselho Municipal de Trânsito e Transportes. A previsão é que o resultado seja anunciado no mesmo dia, após a apuração que ocorre imediatamente ao fim da votação. O nome dos 51 candidatos também está disponível no site da companhia. 

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