• Estimulantes para correr mais? Para malhar mais?

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  • 01/jun 08:00
    Por Prof. Luiz Carlos Moraes

    Não são poucos os corredores (as) que pensam e/ou procuram uma fórmula mágica para correr mais e melhor. Nas academias também. Virou até moda misturar estimulantes. São presas fáceis para experimentar qualquer tipo de estimulante sob promessa que não faz mal. Ledo engano. Estimulantes, como o próprio nome sugere, estimula a atividade mental e a motivação, quase sempre atuando nas ligações entre os neurônios (sinapses). O principal “suposto” benefício é a redução da percepção da fadiga. Veja bem. Não é atrasar a fadiga e sim a percepção. Acontece que os neurotransmissores naturais do corpo (adrenalina e noradrenalina) atuam no sistema nervoso central, sendo uma defesa do corpo que avisa e obriga o corredor a parar quando chega ao limite.

    As drogas e bebidas estimulantes, contendo anfetaminas, efedrina, cafeína entre outros, por terem uma estrutura química similar aos neurotransmissores naturais, aceleram as ligações entre os neurônios anulando a percepção da fadiga. Dá um gás? Dá. O corredor pode se sentir imbatível, mas tem um custo alto. Pode ser a última corrida da sua vida. O que acontece se desligar as luzes de segurança do painel do carro quando o motor esquenta demais? Sem aviso o motor pode ter uma pane geral por superaquecimento. O carro a gente leva para a oficina. O corredor para o hospital. Confusão mental, aumento brusco da temperatura corporal, arritmias e outros problemas cardíacos são alguns dos efeitos colaterais. “Na lata”! Um tiro no pé! Quando alguém dá entrada na emergência do hospital vindo de uma área esportiva a primeira pergunta do médico é: – Tomou alguma coisa? Algumas mortes no esporte ou na malhação não são fatalidades. Treine com orientação profissional que dá certo.

    **Literatura Sugerida: MINUZZI, Luciele Guerra. Recursos Ergogênicos no Esporte. Editora Senac, São Paulo, 2021.

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