Estimulantes para correr mais?
Não são poucos os corredores (as) que pensam e/ou procuram uma fórmula mágica para correr mais e melhor. São presas fáceis para experimentar qualquer tipo de estimulante sob promessa que não faz mal. Ledo engano. Estimulantes, como o próprio nome sugere, estimula a atividade mental e a motivação, quase sempre atuando nas ligações entre os neurônios (sinapses). O principal “suposto” benefício é a redução da percepção da fadiga. Veja bem. Não é atrasar a fadiga e sim a percepção. Acontece que os neurotransmissores naturais do corpo (adrenalina e noradrenalina) atua no sistema nervoso central, sendo uma defesa do corpo que avisa e obriga o corredor a parar quando chega o limite. As drogas e bebidas estimulantes, contendo anfetaminas, efedrina, cocaína, cafeína entre outros, por terem uma estrutura química similar aos neurotransmissores naturais, aceleram as ligações entre os neurônios anulando a percepção da fadiga. Dá um gás? Dá. O corredor pode se sentir imbatível, mas tem um custo alto. Pode ser a última corrida. O que acontece se desligar as luzes de segurança do painel do carro quando o motor esquenta demais? Sem aviso o motor pode ter uma pane geral por superaquecimento. O carro a gente leva para a oficina. O corredor pode ir parar no hospital. Confusão mental, aumento brusco da temperatura corporal, arritmias e outros problemas cardíacos são alguns dos efeitos colaterais. Na lata, como se diz no popular. Um tiro no pé! Treine com orientação profissional que dá certo.
Literatura Sugerida: MINUZZI, Luciele Guerra. Recursos Ergogênicos no Esporte. Editora Senac São Paulo, 2021.