Estado precário de rua em Nogueira faz com que van escolar pare de circular
Os buracos continuam sendo o pesadelo de muitos petropolitanos. As estradas definitivamente têm se tornado uma tarefa árdua diária para quem precisa sair de casa, seja para trabalhar, ou realizar outras tarefas. Desta vez, são os moradores da Rua Bolívia, em Nogueira, que estão vendo seus direitos cerceados aos poucos. De início foram os problemas mecânicos nos carros particulares, e consequentemente financeiros que começaram a prejudicar as pessoas. Já no início do ano foi a vez do transporte escolar parar de atender os moradores, e agora a coleta de lixo não é feita há pelo menos 15 dias. Tudo isso por causa da falta de capeamento na região.
Os buracos impressionam e são verdadeiros obstáculos para quem deseja acessar o fim da rua. Até mesmo a equipe de reportagem demorou para conseguir chegar até os moradores. Segundo eles, nos dias de chuva a situação é ainda mais grave, e ai sim não existe a menor possibilidade de subir com veículos de passeio no local. E quem achou que a solução mais segura seria andar a pé se engana, os tombos também se tornaram rotineiros e preocupam principalmente pessoas que possuem algum tipo de limitação. Já os pais ficam aflitos e temem pela segurança dos filhos, que insistem em brincar na rua.
As calhas que deveriam escoar a água da chuva estão entupidas, consequentemente qualquer intervenção realizada no local com pó de cimento não dura muito tempo. Foi o que ocorreu em novembro do ano passado quando o poder público foi até o endereço pela última vez. Apesar disso, os poucos pedaços que ainda possuem asfalto foram feitos pelos próprios moradores, que se reúnem com frequência para realizar a capina, também deficiente, é tentar tampar o máximo possível as crateras que insistem em abrir.
“Não adianta ficarmos jogando pó de cimento, preciso de uma intervenção de verdade. Já solicitamos asfaltamento na rua há anos. Esse ano já fomos na câmara de vereadores e mandamos e-mail para a prefeita. Até agora nada!”, reclamou a costureira Cláudia Guimarães, que depende da van escolar para que a filha de 8 anos vá para a escola. Assim como a vendedora Laura Aparecida, que tem uma menina de 9 anos, que também depende do transporte. “Não temos como levar as crianças por muito tempo! Precisamos as van, mas o carro não tem como subir. Por este motivo precisamos da rua asfaltada”, afirmou.
O carro de Laura está na oficina, de acordo com o mecânico todos os amortecedores do veículo estão estragados e precisarão ser trocados. Despesa que a família não pretendi arcar no momento. É justamente essa dificuldade que E.P, profissional de transporte escolar enfrenta diariamente. “Eu atendia essa região há cerca de 5 anos e tive que recusar esses clientes em 2017. Isso porque não tenho mais condições de subir a Rua Bolóivia com meu veículo. Apesar disso resultar em um prejuízo de R$ 800 mensais, devido as crianças que deixei de atender, ainda sim não compensa os gastos com manutenção que ando tendo por atender essa localidade. Realmente é uma pena, mas me vi de mãos atadas”, disse o profissional que trabalha há 13 anos no ramo.
A Secretaria de Obras informou em nota vai enviar uma equipe ao local para realizar uma vistoria e determinar quais medidas devem ser tomadas para solucionar esse problema.