• Estado do Rio tem 11 das 20 cidades brasileiras onde moradores gastam mais de duas horas no deslocamento para o trabalho

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  • 11/out 09:47
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis I Foto: Reprodução

    Parte dos trabalhadores do estado do Rio tem gastado bastante tempo para chegar ao trabalho. Entre os 20 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes onde as pessoas gastam mais de duas horas no deslocamento, 11 são do Rio de Janeiro, sete são de São Paulo e dois são do Pará. O panorama foi revelado nessa quinta-feira (09), por meio da publicação dos resultados preliminares da amostra do Censo 2022: Deslocamento para Trabalho e para Estudo.

    A mesma publicação revela que 243 mil pessoas no estado saíram de suas cidades para estudar em outro município. Proporcionalmente, Aperibé com 28,96% tem o maior percentual de pessoas que precisam fazer este trajeto na busca por estudo.

    De acordo com o levantamento, dos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, as cidades de Queimados, Nova Iguaçu e Belford Roxo são as que possuem o maior percentual de trabalhadores que demoram mais de duas horas para chegar no trabalho (12,5%, 11,8% e 10,8%, respectivamente). Além dos três primeiros colocados, aparecem entre os 20 primeiros as cidades de Magé (5ª posição), Duque de Caxias (6ª), Mesquita (10ª), Nilópolis (13ª), Itaboraí (14ª), São Gonçalo (16ª), Maricá (17ª) e São João de Meriti (18ª).

    Por outro lado, levando em conta somente as cidades do estado, Petrópolis (0,9%), Teresópolis (1%), Angra dos Reis (1,1%) e Resende (1,3%) são as localidades, com mais de 100 mil habitantes, com os menores percentuais de trabalhadores que levam mais de duas horas para o trabalho.

    Tempo médio e meio de transporte

    Na análise estadual, a pesquisa mostrou que 5,7 milhões de pessoas trabalham no mesmo município de residência, sendo 4,6 milhões fora do domicílio e o restante em casa ou na propriedade. Desse total, 3,1 milhões são homens e 2,6 milhões mulheres. Dos que trabalham fora do domicílio, 47,51%, levam de cinco minutos a meia hora para percorrer a distância entre os dois locais. Em seguida estão os trabalhadores que levam de 30 minutos a uma hora que somam 27,22%; 19,31% de uma a duas horas, 4,23% de duas até quatro horas e 0,35% mais de quatro.

    No Rio de Janeiro, a maior parte do deslocamento para trabalho é feita por ônibus (34,81%). Em seguida, o automóvel com 23,93% e a pé com 15,21%. O ônibus aparece como principal meio de chegar ao trabalho, ou seja, com maior índice para os moradores em cidades como São Gonçalo, Belford Roxo, São João de Meriti e Itaboraí. Já o automóvel nas cidades de Miguel Pereira e São Pedro da Aldeia. A motocicleta em São José do Ubá, Cambuci, Aperibé e Itaocara. As pessoas vão mais a pé para o trabalho nos municípios de Carmo, Duas Barras, Trajano de Moraes e Laje do Muriaé.

    O deslocamento realizado para trabalhar em outro município totalizou 823 mil pessoas (12,08%), sendo desse contingente 728 mil retornam do trabalho para casa 3 dias ou mais na semana, demonstrando um significativo fluxo pendular entre os municípios brasileiros. Proporcionalmente, Mesquita (39,55%), Japeri (36,55%) e Queimados (34,35%) as cidades em que as pessoas precisam trabalham fora da cidade e retornam para casa em três dias ou mais na semana.

    Deslocamento para estudar

    No estado, quase 243 mil estudantes se deslocam para outro município para estudar, a maior parte 44,6% em busca de nível superior, seguido do nível fundamental com 20,7%. Entre eles, são 109 mil homens e 134 mil mulheres. No recorte por raça, maior parte são brancos com 115 mil, logo depois vem pardos com 92 mil e pretos com 35.504. A maior parte possui renda mensal domiciliar per capita entre um e dois salários mínimos.

    Proporcionalmente, o município de Aperibé, com 28,96% tem o maior percentual de pessoas que precisam sair do município para estudar. Em seguida, aparecem as cidades de Areal (24,43%), Cambuci (23,99%), Porto Real (23,44%), Mendes (21,75%), Quatis (21,47%) e Sapucaia (20,62%). Já as menores taxas de deslocamentos são Campos dos Goytacazes, (1,77%), Rio de Janeiro (2,19%), Petrópolis (2,74%) e Itaperuna (2,90%).

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