• Estado do Rio de Janeiro possui 25 pessoas na fila de espera para realizar transplante de coração

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  • 25/08/2023 10:18
    Por Helen Salgado

    De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, 25 pessoas estão na fila para realizar um transplante de coração. O número é maior em comparação com os anos anteriores. Em 2021, a fila de espera por transplante de coração constou 18 pessoas, assim como em 2020; em 2019, apenas 16 pessoas estavam na fila. Segundo a pasta, não há pacientes de Petrópolis na lista.

    Ao todo, 6.158 pessoas estão na fila de transplantes no estado. Neste ano, foram realizadas 787 operações desse tipo. Destas, 302 foram de córnea, 282 de rim, 175 de fígado, 21 de coração, quatro de pulmão, dois de pâncreas e um multivisceral.

    A maior parte das cirurgias foi realizada em pacientes do sexo masculino, totalizando 436 casos. Neste ano, 351 mulheres passaram pelo procedimento. A faixa etária indicada para o transplante é de 50 a 64 anos para os homens e 65 ou mais para as mulheres.

    Números no Brasil

    O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, sendo garantido a toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pelo financiamento de cerca de 88% dos transplantes no país. 

    Em todo o Brasil, 386 pessoas aguardam na fila por um coração. Somados todos os tipos de transplantes, há 66.179 pessoas na fila de espera. O coração é quinto mais concorrido da lista, sendo o rim o primeiro com 37.066 e a córnea, o segundo, com 25.868 pacientes na lista de espera.

    HST é referência na captação de órgãos

    Em Petrópolis, a referência em captação de órgãos é o Hospital Santa Teresa (HST) desde 2006, quando foi implantada a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). O trabalho realizado no HST se baseia na identificação de possíveis doadores, após uma análise criteriosa para confirmação do diagnóstico de morte encefálica, que é feita com base em exames clínicos, teste de apneia e por método gráfico, como o eletroencefalograma.

    Todo o processo obedece aos critérios do Programa Estadual de Transplantes (PET). Com a concordância da família, os órgãos são captados do doador e transferidos pelo PET para hospitais de referência no Rio de Janeiro, onde são realizados os transplantes.

    As cirurgias de transplante de coração são consideradas de alta complexidade. “É uma cirurgia que necessita de pelo menos duas equipes médicas, com dois cirurgiões, dois anestesistas e uma equipe multidisciplinar, devido à alta complexidade”, explicou o médico cardiologista, Nélio Gomes, chefe da Cardiologia do Hospital Santa Teresa.

    O cardiologista explica também que, durante a cirurgia, o coração é retirado e o paciente fica em circulação etracorpórea: “A máquina funciona como se fosse um coração, bombeando o sangue, até que o novo coração seja implantado e volte a bater. Todo o procedimento, demora em torno de 8 a 12 horas, dependendo do quadro geral de cada paciente”, frisou.

    Em relação ao tempo de espera por um transplante, o cardiologista ressalta que a fila é regulada pelo Sistema Nacional de Transplantes, lembrando que o procedimento só pode ser realizado quando existe compatibilidade sanguínea entre o receptor e o doador.

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