Est Deus in nobis
“Sirvo-me dos animais para instruir os homens” – Jean de La Fontaine. O que nos parece é que cada vez mais os humanos estão se utilizando dos animais para, em atos de total covardia e ignorância, extravasarem toda as suas insatisfações com a vida. Porém na qualidade de autores de crimes, com punição prevista em lei terrena, se esquecem que existe uma justiça divina que tarda, mas não falha! O Olho que Tudo Vê e que nos adverte através da nossa consciência, aponta essas atitudes como crimes contra a criação divina, como é citado no título do artigo: Deus está em nós. Como disse Madre Teresa de Calcutá: “Os animais foram criados pela mesma mão caridosa de Deus que nos criou. É nosso dever protegê-los e promover o seu bem-estar.” Muitos não sabem que todos os animais têm a proteção do Estado. Assim, a Declaração Universal dos Direitos dos Animais / (Unesco) – Bruxelas, Bélgica, cita em seu Art.2º: “O homem, enquanto espécie animal, não pode atribuir-se o direito de exterminar os outros animais ou explorá-los, violando esse direito. Ele tem o dever de colocar sua consciência a serviço dos outros animais.” E, ainda, no seu Art.5º: “Cada animal pertencente a uma espécie que vive habitualmente no ambiente do homem, tem o direito de viver e crescer segundo o ritmo e as condições de vida e de liberdade que são próprias a sua espécie.” No Brasil, a lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, trata no seu art. 32: “Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa. § 1.Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos. § 2.A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal. Em matéria publicada em 22,12 passado, neste jornal, intitulada “Morte de gatos por envenenamento revolta os moradores de rua de Corrêas” podemos ler: “O sonho de ter um bichinho de estimação rodeia o pensamento de muitas pessoas, principalmente das crianças, que não veem a hora de brincar com seus fiéis companheiros. Mas, e quando o sonho vira um verdadeiro pesadelo? Há pelo menos, quatro anos os gatos de moradores da Rua Alexandre Alves Antunes, no Bonfim/Corrêas morrem de maneira suspeita. De acordo com a dona de casa Amanda França, os animais normalmente aparecem em casa vomitando sangue e poucos minutos depois morrem e ficam imediatamente com o corpo enrijecido. Na última sexta-feira, a também dona de casa Lucimar Elerich perdeu o sétimo gato de estimação. Quem mais sofreu com a perda recente foi o filho dela de apenas cinco anos, que tem autismo. O menino se apegou a gatinha de apenas sete meses e não aceita a morte da felina. –Foi recomendação da médica dele que eu pegasse um bichinho para o meu filho.” De um artigo de minha autoria, já publicado na Tribuna, intitulado “Meus irmãos animais”, podemos ressaltar: “No momento, nosso mundo de humanos é baseado no sofrimento e na destruição de milhões de não-humanos. Aperceber-se disso e fazer algo para mudar essa situação por meios pessoais e públicos, requer uma mudança de percepção, equivalente a uma conversão religiosa. Nada poderá jamais ser visto da mesma maneira, pois uma vez reconhecido o terror e a dor de outras espécies, você irá, a menos que resista à conversão, ter consciência das permutações de sofrimento interminável, em que se apoia a nossa sociedade."- Arthur Conan Doyle. Dixi (Tenho dito, em latim).
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