• Esquerda cresce em 1º turno de eleições legislativas e ameaça maioria de Macron

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 12/06/2022 18:10
    Por Redação O Estado de S. Paulo / Estadão

    O primeiro turno das eleições legislativas francesas indicou o avanço da coalizão de esquerda Nupes e o enfraquecimento do bloco centrista do presidente Emmanuel Macron. Ainda que o número final de deputados não esteja definido até o fim do segundo turno, que ocorrerá na semana que vem, pesquisas de boca de urna indicam que Macron terá entre 270 e 310 deputados e o bloco de esquerda entre 170 e 220. A maioria mínima é de 289 deputados.

    Em números porcentuais, as projeções indicam um empate, com 26,2% dos votos para a coalizão de Macron e 25,8% para os aliados do esquerdistas Jean Luc Mélenchon. A divisão de cadeiras, no entanto, não deve acompanhar o número absoluto de votos.

    “Perante este resultado, e a extraordinária oportunidade que nos oferece e o destino da pátria comum, exorto o nosso povo a derrotar a desastrosa política da maioria, de Macron, no próximo domingo”, disse Mélenchon aos partidários após a votação.

    Macron precisa da maioria no Parlamento para aprovar sua agenda de reformas, incluindo uma reforma previdenciária que ele diz ser essencial para restaurar a ordem nas finanças públicas.

    Durante a campanha, o bloco de Mélenchon aproveitou a raiva do eleitorado pelo aumento do custo de vida na esteira do pós pandemia e da guerra da Ucrânia para conquistar votos que não vieram na eleição presidencial.

    A abstenção foi uma das marcas da eleição, com um número recorde de abstenções, com mais da metade de todos os eleitores registrados ficando longe das urnas em um dia quente e ensolarado.

    Do lado de Macron, ministros do governo adotaram um tom humilde. O próprio Macron optou por manter um perfil discreto durante a campanha.

    “As projeções parecem boas, aparentemente, para o Nupes”, disse o ministro de Assuntos Europeus, Clement Beaune. “Não nego os resultados, mas não sabemos exatamente quem está à frente.” COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

    Últimas