
Espetáculo de dança infantil R.U.I.A chega a Petrópolis com proposta sensorial e imaginativa
A companhia de dança sul-mato-grossense “Dançurbana” apresenta em Petrópolis, um espetáculo infantil inovador, que convida o público a uma experiência sensorial e imaginativa. Em maio, as unidades do Sesc Nogueira (08) e Quitandinha (09) recebem “R.U.I.A – Realidade Ultrassônica de Invasão Aleatória”, uma produção voltada para crianças de 7 a 14 anos. A entrada é gratuita.
A escolha dessa faixa etária não é à toa: é justamente no chamado segundo setênio – fase do desenvolvimento entre os 7 e 14 anos, que se intensificam processos como a formação das relações sociais, o aperfeiçoamento da memória cronológica e a compreensão de noções como causa e efeito. Ou seja, é um período fértil para experiências que estimulem o corpo, a imaginação e a criatividade.
A proposta do espetáculo é simular uma invasão ao recreio escolar, inserindo dança, imaginação e brincadeiras nesse espaço do dia a dia, que ganha novos sentidos em cena. O processo de criação de “R.U.I.A” foi inspirado na filosofia educacional de Rudolf Steiner. Por isso, a produção contou com oficinas práticas, como contação de histórias e palhaçaria, para alimentar a construção da cena.
Na apresentação, os intérpretes criadores Adailson Dagher, Ariane Nogueira, Daniel Andrade, Jackeline Mourão, Livia Lopes e Reginaldo Borges trabalham com estímulos e objetos que são ressignificados e reinventados ao longo da performance.
Universo Infantil
Segundo o diretor de “R.U.I.A”, Marcos Mattos, esta é a primeira obra da “Dançurbana” voltada especificamente para o universo infantil. No entanto, o desejo de criar um espetáculo para crianças já era antigo dentro da companhia.
“Estudar a infância é, ao mesmo tempo, nos sensibilizar. Isso aguça nossa curiosidade, impulsiona nosso desejo de nos modificarmos e melhorarmos como artistas. Pesquisar as temáticas da infância e da arte contemporânea têm sido um desafio para a companhia. Para essa criação, propomos a transversalidade de linguagens (poesia, brincadeiras e dança), além de identificarmos a necessidade de nos aproximarmos cada vez mais desse universo lúdico, ritualístico e que estimula nossa imaginação”, analisou.
A diretora Renata Leoni conta que as crianças se identificam imediatamente com a proposta, gerando uma troca de energia muito potente entre os bailarinos e o público infantil.
“A iniciativa alcançou bastante sucesso nas apresentações que fizemos, principalmente em escolas públicas de Campo Grande e pelo interior do Mato Grosso do Sul. Cada vez mais entendemos a importância da arte nestes contextos, e fico muito feliz de poder compartilhar momentos como este. Espero que a infância siga sendo um espaço fértil para a arte, todos os dias”, contou
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