• Espetáculo “Chico Xavier em Pessoa” estreia no Teatro Imperial no próximo sábado

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  • Em entrevista exclusiva à Tribuna de Petrópolis, o ator Renato Prieto contou detalhes sobre a concepção do espetáculo, um dos maiores sucessos do teatro brasileiro atualmente

    Por Aghata Paredes

    O Teatro Imperial se prepara para receber no próximo sábado, 1º de junho, às 20h, o espetáculo “Chico Xavier em Pessoa”. Dirigida por Rogério Faria Jr. e com texto de Rodrigo Fonseca, a montagem é estrelada por Renato Prieto, ator consagrado no teatro espírita, e promete revisitar a vida, a morte e as mensagens de Francisco Cândido Xavier, um dos maiores ícones da espiritualidade no Brasil.

    Em entrevista exclusiva à Tribuna de Petrópolis, o ator Renato Prieto contou detalhes sobre a concepção do espetáculo, um dos maiores sucessos do teatro brasileiro atualmente, em cartaz há quase dois anos. “Quis dar de presente ao público essa minha experiência das vezes em que estive com Chico. O formato é quase uma sala de visitas, algo mais íntimo, que emociona muito o público”, compartilha.

    Renato, é a primeira vez que o público petropolitano terá a oportunidade de revisitar a trajetória e as mensagens de Chico – vida, morte e eternidade  – através desta peça. Pode nos contar um pouco sobre como surgiu a ideia para esse espetáculo? 

    “Então, queria que fosse um espetáculo inédito, que não fossem coisas que as pessoas já conhecessem, mas um outro ponto de vista. Por isso que se chama “Chico Xavier em Pessoa”, como se fosse quase uma sala de visitas, com uma coisa mais íntima e tal. O público se emociona muito com o espetáculo, aplaude muito, e acho que, pelo que vejo, as pessoas me falam, e também pela minha dedicação, porque sou um ator que vai mais pelo caminho do emocional, da entrega, da construção de personagem. No geral, acho que a grande emoção do público está no fato de eu ser absolutamente parecido com ele no gestual, na maneira de falar, na maneira de andar. Então, fica muito próximo dele, acho que isso emociona muito o público. O público petropolitano é a minha segunda casa, e vai se emocionar muito com esse espetáculo.”

    Ao longo dos anos, você participou de vários espetáculos espíritas de sucesso. Qual foi o impacto desses trabalhos na sua vida pessoal e profissional? 

    “Ah, primeiro que tem a minha ligação com ele. Segundo, eu sou protagonista das maiores obras psicografadas por ele, seja no teatro ou no cinema. E ele é o maior ícone da espiritualidade no Brasil e no mundo. Duas vezes indicado ao Prêmio Nobel da Paz, o mundo inteiro conhece o nome Chico Xavier. Eu acho que o espetáculo amplia a possibilidade de mais gente conhecer a obra dele. E, em mim, o impacto que ele causa é muito pessoal, afetivo, de saber que eu estou ali fazendo com que uma nova geração saiba do grande trabalho do Chico Xavier.”

    Renato, interpretar uma figura tão emblemática como Chico Xavier deve ser um grande desafio. Quero dizer, captar a essência de um homem muito simples, mas ao mesmo tempo profundamente sábio e espiritualizado. Reproduzir seu modo de falar, o ‘mineirês’ coloquial…Quais foram os principais desafios e surpresas que você enfrentou ao dar vida a Chico no palco? 

    “Eu sou filho de italiano, sou uma pessoa com muita energia, que fala, gesticula, aprende e conversa. O Chico é mais lento, é mais precioso na forma de falar, é mais profundo no modo de falar. Além, digamos, dos maneirismos, do formato, eu acho que eu quis me dedicar, eu me dediquei tanto, mas tanto, mas tanto, que uma vez até cheguei a prender em cada pé 5 quilos daqueles de academia para eu poder aprender a andar mais lentamente. Apenas para dar um exemplo das muitas coisas que eu fiz. Eu tive que segurar os meus gestos, ficar mais tranquilo na forma de falar e fiz um monte de outras coisas que fazem com que dê essa delicadeza do personagem e ficar tão parecido.”

    A direção de Rogério Faria Jr. aposta num formato transmídia. Pode explicar um pouco mais sobre essa escolha e como ela se manifesta no espetáculo? 

    “É porque nós temos presentes no espetáculo algumas imagens, algumas intervenções junto a umas falas, você tem a presença também da imagem, do som, da música para poder, digamos, abraçar ainda mais o espetáculo, envolver ainda mais o espectador com a beleza da imagem, com a beleza da música. Agora, tudo muito simples, porque desde o início eu tive esse cuidado junto com a direção do Rogério Faria Júnior. Nós temos que ser simples, porque esse homem era simples em tudo, então não vamos ficar enfeitando uma coisa que tudo em torno dele era simples.”

    Uma das coisas que a vida e o teatro proporcionam são os reencontros. O texto é de Rodrigo Fonseca. Como foi trabalhar novamente com ele após o sucesso de “Encontros Impossíveis”?

    “Rodrigo Fonseca, na minha opinião, é um dos mais importantes literatos críticos de cinema que nos representa no mundo inteiro, nos grandes festivais de cinema. E o Rodrigo, além de sermos muito amigos, eu observo que ele tem uma admiração pela construção da carreira que eu fiz, o modo como eu construí, como eu construo os personagens. Gosta de escrever para eu fazer. Então, quando você junta essas coisas todas, e aí eu posso interferir também, dar ideias, trocar ideias, me reencontrar com ele, acho que vou me reencontrar com ele muitas vezes, o Rodrigo parece que tem o meu molde dentro dele, porque ele escreve pensando como eu penso, e isso traz para o palco um resultado realista de excelência.”

    E quanto à recepção do público? Quais são suas expectativas para a estreia no Teatro Imperial?

    “Olha, eu sei que o teatro está bem cheio já. Eu não tenho a menor dúvida de que vai encher, vai lotar, dada essa relação que o público petropolitano tem comigo e eu com ele. Eu estou sempre por aí, passeando no meio das ruas, almoçando na casa de amigos, hospedado na casa de amigos, passeando pelas praças, enfim, visitando os museus, andando. O público sempre fala comigo no meio da rua, então eu me sinto meio que um filho daí. Eu não tenho dúvida de que o público vai comparecer em massa.”

    Foto: Divulgação

    Sobre o Espetáculo

    “Chico Xavier em Pessoa” é uma homenagem póstuma a Francisco Cândido Xavier, que desencarnou em 2002. A peça, escrita por Rodrigo Fonseca e dirigida por Rogério Faria Jr., mescla encenação com vídeo, criando uma narrativa envolvente sobre a arte da escuta. Prieto encarna Chico Xavier com uma precisão impressionante, enquanto vozes de diferentes estrelas do teatro e da dublagem dão vida aos curiosos que interpelam o médium em busca de conforto e paz.

    Os ingressos para “Chico Xavier em Pessoa” podem ser comprados online, através do site Ingresso Digital, ou na bilheteria do Teatro Imperial (Rua General Osório 192 – Centro).

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