• Especialistas alertam para cuidados em casos de surgimento de abelhas

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  • 04/04/2019 18:00

    Enxames de abelhas têm assustado moradores do Centro Histórico nas últimas duas semanas. Embora esteja na época comum do aparecimento delas, que os especialistas chamam de multiplicação de enxames, o fato curioso chamou a atenção. Somente na Rua do Imperador e na Rua 16 de Março, no Centro, o gestor ambiental e apicultor Bareze e a biológa e apicultora Sayonara Gomes foram chamados para quatro remanejamentos de abelhas. Quitandinha, Independência e Caxambu foram algumas das localidades em que os especialistas também foram chamados. 

    Os casarões e sobrados no Centro são verdadeiros atrativos para as abelhas. “Locais com baixa luminosidade, livres de chuva e vento e com disponibilidade de alimentação e água, são muito atrativos para os enxames”, explicou a bióloga Sayonara. As padarias também estão na lista dos locais que são rota das abelhas neste período.

    A bióloga explica que a espécie que aparece com mais frequência. A mais perigosa é a abelha africanizada. Uma única picada de abelha, em uma pessoa alérgica, por exemplo, pode levá-la a morte. Embora apresentem risco, as abelhas nunca devem ser remanejadas sem a ajuda profissional.     

    “O remanejamento das abelhas é um processo programado. Deve garantir a segurança das pessoas e também não alterar o ecossistema do local”, explicou Bareze. Nem sempre o remanejamento é necessário, depende de onde o enxame se instalou. O apicultor explica que todo o trabalho é feito com equipamento próprio, e o local após a retirada do enxame deve ser dedetizado, para evitar que as abelhas voltem. Processo que deve ser feito pelo apicultor.

    Cada enxame tem em média 60 mil abelhas, que podem ser vistas em enxames transitórios (quando ainda não encontraram um local para se alojar), ou fixos (quando aparecem como uma espécie de cacho), o segundo caso é comum aparecerem acoplados em forros de casas e paredes de prédios. 

    Em casos de picadas de abelhas, a vítima deve imediatamente procurar ajuda médica. No município o atendimento é feito na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro. 

    Os especialistas alertam que as abelhas oferecem risco, mas que em hipótese alguma os enxames devem ser mexidos por pessoas despreparadas. A indicação é em primeiro lugar entrar em contato com algum órgão público, Corpo de Bombeiros ou Secretaria de Meio Ambiente. O local onde está o enxame deve ser isolado. “O isolamento deve ser de pessoas e animais”, destaca a bióloga. E nunca aplicar fumaça ou resíduos químicos, como inseticidas no enxame. 

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