• Especialista recomenda cuidados com a saúde dos olhos na volta às aulas

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  • 04/02/2020 17:30

    No início do ano, os pais entram numa verdadeira correria para dar conta de tudo para a volta às aulas dos filhos. Mas além da maratona de materiais escolares também é necessário se atentar a um fator de extrema importância: a saúde dos olhos.

    Principalmente em tempos onde os pequenos vivem mergulhados no universo digital onde tablets, computadores e smartphones são a grande sensação, a Oftalmologista Ana Luísa Aleixo alerta para a importância de cuidados constantes com a visão. Uma das principais questões que os pais devem se atentar é a importância de exames anuais, para ter certeza de que está tudo sob controle. 

    “A visão é um processo que depende da interação do olho e do cérebro. O desenvolvimento das conexões entre os dois órgãos só se completa em torno de 7 anos de idade. Portanto, se houver uma diferença de grau significativa entre os dois olhos ou, ainda, se houver algum desvio ocular, a visão pode não se desenvolver completamente. Essa situação é denominada de ambliopia ou olho preguiçoso e só é reversível antes dos 7 anos com a prescrição de óculos e eventualmente de oclusão”, explica.

    E os benefícios nos casos em que são identificados problemas visuais são enormes. Crianças que tenham problemas de aprendizagem ou déficit de atenção podem evoluir muito com a verificação da visão e prescrição dos óculos. “O desempenho escolar pode ser diretamente influenciado por uma baixa de visão e frequentemente observamos melhora acentuada das notas após a prescrição do grau necessário”, conta.

    Na adolescência, costuma ser comum o surgimento de miopia, que é relacionada ao estirão do crescimento. Baixos graus podem dificultar muito o desenvolvimento escolar pela diminuição da visão para longe.

    “É fundamental que o exame seja anual também nessa fase da vida. Ressaltamos também a importância das atividades em ambiente externo e da restrição do tempo de uso de telas para evitar o aumento da miopia em crianças e adolescentes”, finaliza.

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