• Espancado por cinco homens continua no CTI

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  • 11/10/2016 15:41

    Segue internado no CTI do Hospital Unimed, J. R. F, que foi espancado na Rua Bernardo de Vasconcellos, em Cascatinha, por cinco homens. A agressão ocorreu no último sábado (08). Os amigos e família pedem que testemunhas denunciem os agressores aos disque denúncia: 2242-8005. De acordo com um amigo da família, o estado de saúde dele ainda é grave.

    Segundo testemunhas, o homem estava caminhando na calçada com o filho de nove anos quando segurou uma linha de pipa antes dela encostar na criança. O medo é de que a linha estivesse com cerol e pudesse ferir a criança. O homem que estava soltando a pipa não gostou da atitude de J.R.F e o advertiu. Após a discussão, J.R.F seguia pela calçada quando foi atacado por trás por cinco homens. Toda a ação foi acompanhada pela criança. 

    Uso do cerol é proibido por Lei

    O caso de agressão reacendeu um problema antigo: o uso o cerol e da linha chilena nas pipas. O cerol é aplicado diretamente na linha que é usada para empinar a pipa. A cola serve como aglomerante, enquanto o pó de vidro ou ferro serve como abrasivo. O resultado é uma linha extremamente cortante, que pode trazer riscos (inclusive de morte) para quem aplica e para quem usa a linha com cerol. A linha chilena é composta por quartzo moído e óxido de alumínio e corta quatro vezes mais que o cerol tradicional.

    Segundo a Lei  Estadual nº 2.111, de 1993, é proibido, em todo o território do Estado do Rio de Janeiro, o uso de cerol em linhas de pipas. Em caso de acidente com linhas que contenham o cerol e identificado o responsável pelo uso do material proibido, a ele será aplicada multa de dez Unidades Fiscais do Estado do Rio de Janeiro (UFERJ), independentemente das sanções a que esteja sujeito. De acordo com o delegado titular da 105ª Delegacia de Polícia, Dr. Alexandre Ziehe,  quem usar a linha com cerol pode ser enquadrado na lei de contravenções penais. 

    A ONG AnimaVida há meses pede uma fiscalização mais efetiva com relação ao eventual uso do cerol em festivais de pipa. Segundo Ana Cristina Ribeiro, coordenadora de atividades da ONG, foi solicitada a presença da polícia militar em um festival que vai ocorrer no próximo dia 16 no bairro Floresta. “O que a lei garante é que se os policiais confirmarem o uso do cerol eles podem icinerar todo o material. O cerol pode matar pessoas e animais. A fiscalização é muito importante e também deve ser feito um trabalho de conscientização junto à população sobre os riscos do cerol que é uma arma. Nossa preocupação é essa. A partir de um pedido de fiscalização da AnimaVida, a 1ª e a 2ª Promotorias de Tutela Coletiva encaminharam o caso para o comando do 26º Batalhão da Polícia Militar, solicitando a eles que tomassem as providências cabíveis com relação à fiscalização nesse próximo festival”, disse Ana Cristina Ribeiro.

    Segundo o 15º Grupamento do Corpo de Bombeiros, durante a programação do Maio Amarelo, palestras foram realizadas nas escolas por integrantes do Corpo de Bombeiros sobre o perigo do uso do cerol. Segundo a Lei nº 2111, de 28 de abril de 1993, é proibido, em todo o território do Estado do Rio de Janeiro, o uso de cerol em linhas de pipas. A autoridade pública providenciará, sempre que possível, a apreensão e incineração de pipas e linhas com cerol. O artigo 2º afirma ainda que, em caso de acidente com linhas que contenham o cerol e identificado o responsável pelo uso do material proibido, a ele será aplicada multa de dez Unidades Fiscais do Estado do Rio de Janeiro (UFERJ), independentemente das sanções a que esteja sujeito. 

    A Secretaria de Proteção e Defesa Civil informou que, desde dezembro de 2014, quando a Defesa Civil foi incluída no currículo escolar da rede municipal, vem trabalhando juntos às crianças e aos adolescentes conceitos básicos de prevenção a variados tipos de riscos, como deslizamentos, inundações, incêndios e acidentes domésticos. Nas palestras sobre acidentes domésticos, agentes da Defesa Civil explicam a professores e alunos os perigos do uso de cerol em linhas de pipa – tanto para quem manuseia o produto quanto para terceiros. Em 2016, cerca de 500 estudantes de 12 escolas assistiram a palestras da Secretaria de Proteção e Defesa Civil. Até o fim do ano, essas palestras terão passado por um total de cerca de 40 escolas.

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