Escândalo na CPTrans afasta Jamil Sabrá, revela Pix para empregada e constrange servidores
A CPTrans viveu ontem um dia bem tumultuado por conta do afastamento do presidente Jamil Sabrá e da investigação de superfaturamento em equipamentos e recursos humanos. Porém, foi um dia de comemorações (algumas mais discretas e outras bem efusivas) para os funcionários que se sentiam constrangidos com os fatos agora públicos. Eles torciam pela saída da família Sabrá da empresa. E ontem nenhum cargo comissionado apareceu para trabalhar… A saída de Jamil da CPTrans por determinação do Ministério Público marca a segunda baixa no secretariado de Rubens Bomtempo. A primeira foi logo no início do governo na enchente de fevereiro quando Karol Cerqueira deixou de ser titular da Assistência Social.
Emergencial
E sobre a investigação que culminou com afastamento de Sabrá e a apuração de desvio de R$ 500 mil, a gente já vinha achando estranho o tal contrato emergencial. O valor chamou a atenção e questionamos aqui os R$ 233 mil por um mês, entre maio e junho, e isso sem nenhuma publicidade no Portal da Transparência para divulgar pelo menos quantos controladores (os verdinhos) iriam atuar. Depois, em reportagem, a Tribuna ainda relatou que o contrato foi prorrogado por mais dois meses, custo final de R$ 699 mil.
Preços mais altos
A investigação tomou por base o contrato anterior, de 2021, esse com licitação, que previa os mesmos serviços dos verdinhos (além de outros recursos humanos e materiais). Mas, só os verdinhos, inspetores e controladores, no contrato anterior, ficariam em torno de R$ 133 mil por mês… Já no novo, emergencial, o custo subiu para R$ 233 mil…
Acrescenta aí, gente!
E depois do trabalho de investigação do Ministério Público e da Polícia Civil, os vereadores da Comissão da Transparência, que apura a aplicação de recursos na recuperação da cidade pós-chuvas, podem incluir essa da CPTrans no seu relatório. Ainda dá tempo porque não foi votado ainda.
Essa não!
O Tribunal Superior Eleitoral ainda não divulgou os bens dos candidatos. A dúvida é se baseado na LGPD (a Lei Geral de Proteção de Dados) este tipo de informações das campanhas podem ser divulgadas. Também está em suspenso se vão poder ser divulgados os dados dos doadores das campanhas. Poxa, a gente gostava tanto de comparar a evolução- sempre para maior – do patrimônio de nossos candidatos entre uma eleição e outra…
Fundo Eleitoral
Sabe o Fundo Eleitoral de quase R$ 5 bilhões? A maior parte do dinheiro – R$ 1,2 bilhão – vai ficar concentrada em dois partidos: União Brasil (R$ 758 milhões) e PT (R$ 500 milhões). Ainda lideram a lista MDB (R$ 360 milhões), PSD (R$ 343 milhões), PP (R$ 333 milhões) e PSDB (R$ 317 milhões).
Novo mamógrafo
A Associação Petropolitana dos Pacientes Oncológicos comemora a chegada de uma emenda parlamentar de R$ 1,1 milhão, do deputado federal Hugo Leal e que já está nas contas da prefeitura para a compra de um novo mamógrafo a ser instalado no Hospital Alcides Carneiro, pedido feito pela APPO.
É o que manda a lei
E Petrópolis tem um Conselho Municipal de Transparência Pública, presidido pelo secretário de Controle Interno, Thiago Gibrail. Podia esse conselho e seu presidente colocar a determinação de todos os contratos – da gestão atual e da anterior – serem postos no Portal da Transparência como manda a lei.
Subiu no telhado
No início do ano o governo federal anunciou que iria fazer obra no Palácio Rio Negro, o Palácio dos Presidentes, residência oficial da presidência da República. Depois, nunca mais ninguém falou no assunto.
Best friends
O que faz uma eleição, né? Hingo Hammes e Bernardo Rossi agora são best friends desde a infância. Depois de terem se estranhado (e muito) depois que Hingo Hammes assumiu interinamente a prefeitura, as rusgas ficaram no passado. Hammes, finalmente, está declarando apoio público a Bernardo que pré-candidato a deputado estadual.
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