Equação: PPP x 2 sobre zero = ?
Uma equação indecifrável até para o nosso amigo e decano professor de matemática, Roberto Francisco pois, como tudo no nosso país não tem lógica e eu mesmo dou a solução esdrúxula – “Parceria Público Privada x 2 : 0 = Parceria Público Privada Para Proveito Próprio: 0 = o mesmo” porque tal parceria é dividida entre os próprios, não com o povo, que sempre é o “asno” da célebre fábula de La Fontaine.
Como pode um presidente apresentar projetos dizendo que é para beneficiar a população se ela é que sabe o que lhe convém e se não foi consultada para tanto? Demagogia, pura demagogia que só visa interesses próprios se vão ser aprovadas por um Congresso alienado, sem conhecimento de causa, sem vivência, suspeito de inúmeras falcatruas, sem moral e sem bom senso, somente para atender conchavos com empresários que, na realidade, são os que determinam as leis em beneficio próprio pela força do poder econômico, como até agora o demonstraram a Odebrecht, A. Gutierrez, OAS, JBS, Eike Batista e tantas mais que fazem e desfazem, se expandindo às custas de verbas públicas por via do poderoso BNDES, desviados que são para privilegiados políticos mancomunados com o empresariado de grande porte, manipulando o resultado dos impostos escorchantes arrancados da população e que sempre dá um jeito para se apartar de tais compromissos para poder patrocinar os festivais de propinas e, depois, cinicamente, pedir desculpas à população pelos abusos cometidos – como se tal fosse suficiente. É, mal comparando com a mulher de Sérgio Cabral que roubou muito e, só quando presa, é que se preocupou com os filhos, brindada com benevolência de nossas leis protecionistas. É a hipocrisia deslavada de uma sociedade podre moralmente, inescrupulosa, submissa à mãe de todos os males – a vaidade, geradora da ganância desenfreada. É a desfaçatez moral e total ausência de caráter. Esses é que pretendem nos governar por força do povo mal esclarecido.
Governo e políticos falam tanto em reformas mas somente das quais se beneficiem e não para beneficiar o povo. Agora, convenhamos – esse mesmo povo que é sempre o lado fraco e prejudicado, é o mesmo que se empolga com o que a mídia diz e aperta o nó da própria forca, sem pesquisar, sem entender e, fanaticamente acredita em promessas e palavras de efeito – portanto, fazer o que se a maioria é assim, prejudicando a todos sem medir as conseqüências?
Mas aí é que se deve questionar, independente da capacidade de raciocínio da maioria de eleitores, em termos de parâmetros – qual a diferença entre traficantes de drogas, empresários traficantes de dinheiro e políticos despudorados e desavergonhado tripudiando sobre o erário com suas negociatas – obviamente, nenhuma!
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