• Epilepsia: efeito de luzes similares aos de jogos de videogame e televisão podem desencadear as crises; especialista fala sobre o tema

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  • 02/04/2023 18:19
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    A epilepsia é uma alteração temporária e reversível do cérebro. Ela se expressa por meio das chamadas crises epilépticas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a condição neurológica afeta cerca de 1 a 2% da população mundial. O que muitos não sabem é que alguns fatores externos podem ajudar a desencadear a doença, um deles é a exposição excessiva aos jogos eletrônicos.

    “Cerca de 25% das crises convulsivas são fotossensíveis, o que significa que efeitos de luzes que mudam em curto período, similares aos encontrados em séries e videogames, podem ser desencadeadoras. Entretanto, por lei, todo programa que leve a este risco deve conter um aviso no início”, contou o médico neurologista do Hospital Santa Teresa, Igor Fonseca.

    Tida como uma das doenças mais antigas do mundo, ela é causada por uma ativação inadvertida do córtex cerebral levando às crises convulsivas. Sua origem tem muitas teorias, incluindo fatores genéticos, secundários a algumas doenças cerebrais ou mesmo idiopáticas. Outros fatores que podem ser desencadeantes das crises são: o jejum, a falta de sono, estresse e infecções (como gripe, resfriado, infecção urinária).

    Visando trazer mais informação à população, o neurologista, também falou sobre as principais causas e sintomas da doença. “A epilepsia pode ocorrer em qualquer idade, por isso é importante que seus primeiros sinais sejam de conhecimento da população. Os sintomas mais comuns da epilepsia são movimentos involuntários, sendo o mais comum a Crise Tônico-Clônica Generalizada, onde o paciente perde os sentidos e apresenta rigidez pelo corpo todo, seguido por movimentos onde parece debater-se. Entretanto, qualquer movimento involuntário, com ou sem perda de consciência, é motivo para buscar um especialista”, explicou o médico.

    Mesmo que a pessoa não sofra com a doença, é de extrema importância que ela saiba como proceder no caso de outro apresentar crises convulsivas ao seu redor. Afinal, o conhecimento pode ajudar a salvar vidas.

    “Deve-se virar a pessoa de lado, para que sua própria saliva não a sufoque e contar o início das crises. Caso a crise convulsiva dure mais de 5 minutos, o indicado é chamar uma ambulância para que o paciente seja avaliado por equipe médica especializada”, instruiu Fonseca.

    Por fim, o neurologista ressalta que uma alimentação balanceada é a chave para o tratamento de doenças crônicas. Uma dieta cetogênica também pode ser aliada, devendo ser conversada e combinada com o seu médico neurologista.

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