• Entregadores de aplicativo de Petrópolis irão aderir à paralisação nacional da categoria

  • 29/mar 11:47
    Por Maria Julia Souza I Foto: Divulgação

    Na próxima segunda (31) e terça-feira (1º), os entregadores de aplicativo de Petrópolis irão aderir à paralisação nacional “Breque dos Apps”. O objetivo do movimento é reivindicar melhores condições de trabalho e o reajuste das tarifas pagas pelas plataformas. 

    “Já são três anos que não tem nenhum reajuste, seja ele em taxa mínima, ou na quilometragem. E a rota dupla é muito complicada porque a gente recebe uma taxa e metade da outra taxa. Então, se a gente trabalha com uma entrega que é de R$ 6,50, se eu pegar duas entregas, o aplicativo não me paga R$ 13, ele me paga R$ 9”, disse Marcos André, um dos entregadores que irá aderir à paralisação. 

    Dentre as reivindicações da categoria estão o aumento da taxa mínima para R$ 10; o reajuste do valor por quilômetro rodado para R$ 2,50; a limitação das rotas de bicicleta a um máximo de 3 km; e o pagamento integral da taxa por entrega, sem a redução em pedidos agrupados.

    Na segunda-feira, os entregadores farão uma concentração, às 10h, na Praça da Liberdade, mas sem o intuito de realizar uma manifestação. “A gente ainda não está com o intuito de fazer manifestação. Vamos somente nos reunir e ficaremos parados, sem trabalhar e sem coletar. Hoje, 70% dos entregadores vão paralisar. Aqui em Petrópolis o mais forte vai ser o iFood”, ressaltou Marcos André. 

    Outro ponto questionado pelos entregadores é em relação às taxas pagas para entregas feitas por bicicletas, uma vez que Petrópolis possui muitas localidades com subidas, assim como ocorre em outras regiões do país. Por conta disso, eles pedem que haja uma diminuição no raio da quilometragem para entregas feitas por bicicletas. 

    Em nota, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que tem como associadas empresas como a 99, Amazon, iFood, Shein, Uber e Zé Delivery, informou que respeita o direito de manifestação e informa que suas empresas associadas mantêm canais de diálogo contínuo com os entregadores. 

    Já em relação à remuneração dos entregadores, a nota ressaltou que, de acordo com o último levantamento do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), a renda média de um entregador do setor cresceu 5% acima da inflação entre 2023 e 2024. 

    Confira a nota da Amobitec na íntegra:

    “A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec) respeita o direito de manifestação e informa que suas empresas associadas mantêm canais de diálogo contínuo com os entregadores. 

    Sobre a remuneração dos profissionais, de acordo com o último levantamento do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), a renda média de um entregador do setor cresceu 5% acima da inflação entre 2023 e 2024, chegando a R$ 31,33 por hora trabalhada.

    As empresas associadas da Amobitec apoiam a regulação do trabalho intermediado por plataformas digitais, visando a garantia de proteção social dos trabalhadores e segurança jurídica das atividades. Além disso, atuam dentro de modelos de negócio que buscam equilibrar as demandas dos entregadores, que geram renda com os aplicativos, e a situação econômica dos usuários, que buscam formas acessíveis para utilizar serviços de delivery.”

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