Entre Lulas e Bolsonaros: candidaturas adotam nomes de presidenciáveis
Na tentativa de conquistar mais eleitores e ligar sua imagem à dos presidenciáveis à frente da disputa, dezenas de candidatos escolheram adicionar “Lula” ou “Bolsonaro” aos seus nomes nas urnas em 2022. Ao todo, 37 candidaturas foram registradas adotando o sobrenome do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Jair Bolsonarinho” e “Bebe Bolsonaro” são alguns exemplos. Já os que usaram o nome de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) totalizam 8 candidaturas.
Dentre os 37 que buscam pegar carona na onda bolsonarista, paranaenses, mineiros e paulistas são os que mais decidiram adotar o nome do atual presidente; cada um desses Estados possui cinco “Bolsonaros”.
O deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ), fiel aliado do atual presidente, também trocou o próprio sobrenome para o de Bolsonaro na urna ao tentar a reeleição a uma vaga na Câmara dos Deputados; ele se chamará Hélio Bolsonaro. Ele já havia feito isso nas eleições de 2018, quando se tornou o deputado federal mais votado no Rio de Janeiro, com 345.234 votos. Até então, suas tentativas de se eleger a algum cargo político não haviam obtido sucesso.
Outro candidato “próximo” do presidente é Fabiano da Rocha, intérprete de libras de Bolsonaro, e que também vai usar o nome do chefe de Estado para alavancar sua candidatura pelo Republicanos. Ele se chamará Fabiano Intérprete Bolsonaro. O levantamento foi veiculado pela rádio CBN.
O número de candidatos que optaram por usar o nome do ex-presidente Lula, no entanto, é mais tímido, e totaliza 8 pessoas. Maranhão e Santa Catarina são os Estados que mais se repetem, com duas candidaturas cada. “Lula do Assentamento” e “Alberto Inácio Lula” são exemplos.
Esses dois Estados receberam candidaturas coletivas, feitas quando um grupo de pessoas se reúne para concorrer a algum cargo. No Maranhão, há o “Coletivo Lula Presidente”; em Santa Catarina, o “Coletivo Juventude Lula”.
O levantamento foi realizado a partir dos dados fornecidos pelo TSE, e foram considerados apenas candidatos que de fato alinham suas imagens com a dos presidenciáveis. A palavra ‘Lula’, por exemplo, é um apelido comum, usado por pessoas que não necessariamente estão ligadas ao ex-presidente.