• Entenda o que o ‘Grupo dos Seis’ propõe

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 05/08/2022 08:26
    Por Redação, O Estado de S. Paulo / Estadão

    As “Contribuições para um governo democrático e progressista”, formuladas pelos especialistas do “Grupo dos Seis”, reúnem, ao longo de 68 páginas, propostas em diferentes campos, dos programas sociais às reformas administrativa e tributária. Confira a seguir uma síntese:

    1. Proteção social

    – Reformulação e expansão do modelo de proteção no lugar do Auxílio Brasil

    – Garantia de renda mínima para ninguém ficar abaixo da linha de extrema pobreza, com regime de transição que não desestimule a formalização do trabalho

    – Poupança Seguro Família financiada pelo poder público para os trabalhadores de baixa renda, com proteção contra a volatilidade de renda dos informais

    – Conjunto de programas para a primeira infância

    2. Trabalho e Previdência

    – Mudanças no financiamento e nos benefícios da Previdência Social, FGTS e seguro-desemprego

    – Redução das contribuições ao INSS da empresa e do trabalhador para a parcela correspondente a um salário mínimo

    – Regime uniforme de contribuição (inclusive MEIs e rurais)

    – Contabilização da renda informal como salário de contribuição

    – Cobertura previdenciária para trabalhadores que hoje não têm

    – Revisão de todas as aposentadorias especiais para equalizar o tratamento entre trabalhadores

    – Uso do saldo das contas do FGTS para financiar seguro-desemprego e eliminar o incentivo à rotatividade dos trabalhadores

    – Remuneração das contas do FGTS por taxas de mercado

    3. Gastos públicos

    – ‘Licença’ para aumento temporário das despesas públicas; enquanto não vier o novo regime fiscal, o governo poderá gastar 1% do PIB (R$ 100 bilhões a preços de hoje), fora do teto de gastos, em medidas voltadas à produtividade e à sustentabilidade ambiental, sem aumento da carga tributária.

    4. Reforma do Estado

    – Revisão do processo orçamentário e aprimoramento dos mecanismos de avaliação do gasto público

    – Coordenação de iniciativas estatais, público-privadas e privadas de interesse público, com regras mais claras e seguras

    – Melhoria da qualidade da governança regulatória para redução de custos de transação

    – Fortalecimento do regime de governança das empresas estatais

    – Aceleração da transformação digital da administração pública

    – Eliminação de distorções na gestão de servidores, criação de incentivos e eliminação de vantagens injustificadas e revisão de regime

    – Introdução de mecanismos efetivos de avaliação periódica do desempenho dos servidores

    – Criação de órgão colegiado autônomo para coordenar e orientar a política remuneratória, a avaliação de desempenho e a política de desenvolvimento de pessoal

    – Racionalização do sistema de carreiras, modernização dos concursos e profissionalização da indicação para cargos de confiança

    – Aprimoramento das normas de trabalho temporário

    – Revisão do sistema de controle de contas, para restringir interferências em matérias alheias a sua competência constitucional

    5. Simplificação tributária

    – Reforma tributária abrangente favorável ao crescimento

    – Reforma da tributação do consumo, nos termos das PECs 45 e 110, já em tramitação no Congresso

    – Revisão da tributação de renda com correção da tabela do IRPF, criação de alíquota adicional de 35% para rendas mais altas

    – Limitação de benefícios fiscais e redução da contribuição patronal sobre parcela da remuneração superior ao teto da Previdência

    – Redução da alíquota sobre o lucro corporativo e tributação de dividendos e outras rendas do capital

    – Correção de distorções na tributação de aplicações financeiras

    – Reformulação dos regimes simplificados de tributação

    – Ajuste na legislação de tributos sobre o patrimônio, sobretudo sobre heranças e doações e o ITR.

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    Últimas