• Entenda a relação entre a Síndrome dos Ovários Policísticos e a Obesidade

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  • Médica endocrinologista alerta sobre o diagnóstico precoce e o tratamento adequado

    14/jul 09:45
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    Irregularidade menstrual, excesso de pelos no corpo, acne e dificuldades para engravidar são alguns dos sintomas e complicações da Síndrome dos Ovários Policísticos. A doença, causada por um desequilíbrio hormonal, pode atingir entre 5% a 10% das mulheres em idade fértil. Para especialistas, os impactos da síndrome podem ser agravados, principalmente, em pacientes que apresentem obesidade.

    De acordo com Nathália Ventura, médica especializada em endocrinologia, a concentração elevada de hormônios masculinos no corpo, chamados de andrógenos, pode provocar uma série de complicações e transformações no corpo da mulher. “Inúmeras bolsas repletas de líquido, popularmente conhecidas como cistos, são formadas nos ovários, fazendo com que aumente de tamanho”, explicou.

    As alterações menstruais são comuns nesses casos e podem acontecer de diversas maneiras, como ausência de menstruação, espaçamento de tempo ou ciclos intensos. O hirsutismo também pode ser presente, com aumento de pelos no rosto, seios e abdômen, além da ausência de ovulação, resultando na infertilidade. Em alguns casos, a produção de material oleoso pelas glândulas sebáceas resulta em acne.

    Pessoas com a síndrome também apresentam queda de cabelo, depressão e riscos elevados de acidente vascular cerebral (AVC), infarto, entre outras doenças cardiovasculares. Ainda de acordo com a médica, outro aspecto frequentemente associado à doença é a obesidade, condição que pode agravar ainda mais os sintomas. “A própria síndrome dificulta a perda de peso devido ao desequilíbrio hormonal e a resistência à insulina”, disse Nathália Ventura.

    O diagnóstico precoce é realizado através de exames de sangue, para medir as concentrações hormonais, e ultrassonografias para verificar cistos nos ovários. Uma vez identificada a síndrome, é importante que a mulher tenha um acompanhamento médico especializado e adote mudanças no estilo de vida, como dieta e exercício físico, além de medicamentos que regulem os hormônios e melhore a resistência à insulina.

    “Para a paciente que possui sobrepeso ou obesidade, a perda do peso vai resultar em impactos positivos, como a redução suficiente nos níveis de insulina, para permitir o início da ovulação, além disso, aumenta a chance de engravidar, faz com que as menstruações fiquem mais regulares, diminui o crescimento de pelos e o risco de espessamento do revestimento uterino”, concluiu.

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