• Engenheira agrônoma ressalta versatilidade de hortas verticais em espaços pequenos

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  • Por Aghata Paredes

    Em ascensão nos últimos anos, a horta vertical corresponde a uma solução prática para aqueles que desejam cultivar plantas, ervas e até mesmo alimentos em espaços limitados. Seja em apartamentos, varandas ou pequenos quintais, ela oferece diversas possibilidades, tornando-se uma alternativa versátil e integrando, com charme, a natureza ao ambiente urbano. 

    “Elas são ótimas alternativas para quem possui disponibilidade de solo pequena ou praticamente nula. A construção de uma horta vertical demanda pouco espaço, que pode ser delimitado de acordo com a demanda de cada família, e materiais reutilizáveis como garrafas pets e caixas.”, explica a engenheira agrônoma Carolina Rodrigues.

    Segundo Carolina, hortaliças de folhas, como alface, rúcula e espinafre, ervas aromáticas, como manjericão e salsa, e até mesmo plantas trepadeiras, como tomate cereja ou pepino, são ótimas opções para hortas verticais. 

    Por onde começar?

    Planejamento prévio, escolha das plantas compatíveis, utilização de recipientes adequados e sistema de irrigação eficiente são fundamentais, segundo Carolina. Depois disso, é a vez de planejar a disposição das plantas, ao que a profissional aconselha: “Escolha uma parede que receba iluminação, preste atenção na circulação do vento, tenha em mente que as plantas devem ser adequadas para as hortas verticais, regue as plantas regularmente e adube.” Para garantir o crescimento saudável, ela sugere a escolha de um substrato rico em matéria orgânica, bem drenado e nutritivo: “Em muitos casos, uma mistura de solo do jardim, composto orgânico e areia pode ser utilizada.”

    Cuidados específicos

    A engenheira agrônoma menciona que os cuidados incluem basicamente os mesmos com relação a uma horta comum, mas com alguns adendos: observar se há acúmulo de água, inclusive infiltração do vaso de cima no debaixo; retirar as folhas secas e murchas para melhorar a ventilação nas folhas novas e, se houver a colheita, retirar duas folhas e deixar duas, no caso da alface, por exemplo, ou cortá-las, como no caso da salsinha. 

    Ao compartilhar dicas sobre a rega, a especialista recomenda que ela seja feita nas primeiras horas da manhã e no fim da tarde. Isso porque molhar as plantas em horários muito quentes faz com que a água evapore mais rapidamente. 

    Outra dica diz respeito ao excesso de água. “A melhor maneira de evitar que uma planta seja regada em excesso é dar água à planta apenas quando o substrato estiver seco, além de fornecer luz e calor suficientes para ajudar o substrato a secar propriamente.”

    Além disso, para garantir a saúde do solo em hortas verticais, é recomendado aplicar adubo orgânico ou de origem mineral, especialmente em solos com baixo teor de nutrientes. “Essa prática visa aumentar a fertilidade do terreno e prevenir seu rápido esgotamento. Em áreas menos férteis, uma alternativa válida consiste em intercalar o plantio de determinados produtos com o cultivo de plantas leguminosas, conhecidas como “adubos verdes”, a exemplo do tremoço, feijão-de-corda e leucena. Além de contribuir para o aumento do nível de nitrogênio no solo, a adubação verde potencializa a produção de húmus, promovendo condições ideais para o desenvolvimento das plantas.”, conclui.

    Preferências de petropolitanos refletem a busca por variedade

    No Forte das Flores, loja localizada no Centro, as preferências de petropolitanos por mudas, ervas e legumes refletem a busca por uma variedade de opções. “Entre as mudas mais procuradas, destacam-se as hortaliças, como alface, rúcula, salsa e cebolinha. No que diz respeito às leguminosas, quiabo, jiló e abobrinha são escolhas populares. Quanto às ervas, manjericão, alecrim, orégano, hortelã, erva cidreira e sálvia estão entre as mais solicitadas. A ora-pro-nóbis também é bastante procurada para hortas, impulsionada pelos seus benefícios à saúde.”, conta Thaís Gomes. Além disso, há uma significativa busca por adubos orgânicos, revelando o crescente interesse dos consumidores por um estilo de vida mais sustentável.

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