• Encarregado ucraniano no Brasil pede ajuda a países: ‘É preciso isolar a Rússia’

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  • 01/03/2022 18:14
    Por Eduardo Rodrigues / Estadão

    O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, pediu nesta terça, 1º, que todos os países cortem os laços comerciais com a Rússia. “Fazer negócios com a Rússia agora significa financiar agressão, crimes de guerra, desinformação e ataques cibernéticos”, enfatizou.

    Tkach disse que o governo ucraniano já recebeu os primeiros relatos sobre entrada também de tropa de Belarus no país, em auxílio à invasão pelo exército russo. O diplomata afirmou ainda que as tropas invasoras têm cometido mais crimes de guerra contra a população civil.

    “A Rússia não conseguiu alcançar nenhum dos seus objetivos principais. Os soldados ucranianos estão defendendo a Ucrânia. Sendo incapazes de quebrar a defesa da Ucrânia, os soldados russos começam a cometer mais crimes de guerra por ordem de (Vladimir) Putin. Começam a atirar em civis e atingir a infraestrutura civil”, relatou.

    Segundo ele, os alvos da Rússia são as principais cidades da Ucrânia, com mísseis atingindo inclusive bairros residenciais. O diplomata confirmou a morte de cinco pessoas no ataque à torre de TV de Kiev nesta terça-feira.

    “Para acabar com essa guerra precisamos fazer mais pressão e isolar a Rússia totalmente. Estão vivendo um momento único, os países que sempre foram neutros começaram a ajudar”, acrescentou, citando Finlândia, Suíça, Suécia, Noruega e Benelux. “Todos se uniram para preservar o sistema de segurança e paz no mundo. A Rússia virou tóxica, e o russo virou sinônimo de bárbaro”, completou.

    Citando número da Organização das Nações Unidas (ONU), ele afirmou que mais de 660 mil pessoas já fugiram do País. Tkach lembrou que a Ucrânia já entrou com um processo no Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia, na Holanda, para qualificar as ações da Rússia como crime contra a humanidade.

    O encarregado de negócios também atualizou a lista de baixas do exército russo, incluindo 5,7 mil soldados – entre mortos e feridos -, e 200 militares presos, além da perda de 29 aeronaves, 29 helicópteros, 198 tanques, 846 veículos blindados de diferentes tipos, 77 sistemas de artilharia, 24 sistemas de lançamento múltiplo de mísseis, 305 caminhões, 60 cisternas de combustível, sete sistema antiaéreos, três veículos aéreos não tripulados e duas embarcações.

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