Empresas Petro Ita e Cascatinha se comprometem a colocar em circulação, num prazo de até 90 dias, mais 30 ônibus; 20 seminovos e 10 ‘recuperados’
Foi realizada na Câmara Municipal, na noite de segunda-feira (5), uma audiência para tratar a questão do transporte público municipal, com maior foco nas empresas Petro Ita e Cascatinha, alvos de maiores críticas por parte da população e afetadas por um incêndio que destruiu parte de suas frotas. Segundo plano de recuperação apresentado pelas empresas, 30 ônibus devem passar a circular nos próximos 90 dias, sendo 20 seminovos e 10 “reparados”.
O restabelecimento do serviço oferecido antes do incêndio foi a pauta principal. Dentro do contexto, foi apresentado pelo Setranspetro um plano para a reposição da frota, contando com veículos reservas. De acordo com o que foi apresentado, as empresas devem ter cinco ônibus reparados passando a circular nos próximos 30 dias, mais 10 ônibus seminovos em 45 dias, cinco seminovos e cinco reparados em 60 dias e outros cinco seminovos em 90 dias. No total, em três meses, mais 30 ônibus deverão estar circulando no município.
Além disso, também foi dito que outros cinco ônibus devem passar por reparos e entrar em circulação em 120 dias. Além disso, a Petro Ita e Cascatinha assumiram o compromisso de renovar mais 20 ônibus até julho de 2024.
Como representantes da sociedade civil, diversos presidentes de associações de moradores estiveram na audiência e afirmaram que, apesar de uma piora após o incêndio, o serviço fornecido pelas empresas já não era satisfatório antes, com quebras e atrasos diários nos bairros de Petrópolis. A questão da falta de horários nas comunidades também foi pontuada, já que diversos bairros têm menos ônibus rodando que o normal, além de sofrerem com falhas mecânicas.
Outro assunto falado na reunião foi a respeito da quantidade de ônibus circulando no município desde o período da pandemia, quando houve a redução da frota operante e, desde então, não foi 100% restabelecida. Segundo o Setranspetro, dados mostram que o número de passageiros não ultrapassa 82% do que era no período pré-pandemia e, por isso, como o número de passageiros reduziu, não há como ter a mesma quantidade de coletivos.
A audiência pública teve cerca de duas horas de educação e, além de vereadores, Setranspetro e líderes comunitários, também contou com a presença do Sindicato dos Rodoviários, da CPTrans e da Defensoria Pública.