• Empresas de ônibus denunciam problemas na mobilidade urbana; trânsito impacta 60 linhas diariamente, segundo Setranspetro

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  • 29/ago 18:01
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis I Foto: Divulgação

    A mobilidade urbana em Petrópolis segue sendo assunto de discussão, e desta vez, as empresas de ônibus estão denunciando os problemas enfrentados diariamente, que geram impactos na operação do serviço. Segundo o Sindicatos das Empresas de Ônibus (Setranspetro), os constantes congestionamentos registrados, principalmente, nos horários de pico, sem a possibilidade de desvio ou alteração de rota, resultam em perdas de viagens em, pelo menos, 60 linhas.

    A Cidade Real vem registrando atrasos superiores a 50 minutos entre as viagens. O problema atinge 27 linhas, nos corredores do Bingen, Mosela e arredores, nos horários de 7h às 9h, 11h30 às 13h, e 16h às 19h. As retenções acontecem nas ruas Bingen, Paulino Afonso, Carlos Gomes e Montecaseros, além da Avenida Ipiranga.

    Entre elas, estão: 010 e 100 – Rodoviária Bingen, 019, 110 e 190 – Duarte da Silveira, 103 – Cândido Portinari, 104 – Vila Militar, 105 e 133 – Alberto de Oliveira, 106 e 134 – Bataillard, 107 – Manoel Torres, 108 – Bairro Castrioto, 113 – Marechal Hermes, 114 – Batista da Costa, 115 – Campo do Serrano, 118 e 132 – Pedras Brancas, 119 – Kopke/Álvaro L. Castro/Vila São José, 122 – Fazenda Inglesa, 129 – Moinho Preto, 136 – João Balter, 145 – Mosela, 165 – Lagoinha, 170 – Terminal Itamarati e 180 – Quitandinha.

    A Turp Transporte identificou, neste mês, retenções mais intensas durante a operação de 18 linhas de ônibus. Os congestionamentos acontecem, principalmente, na Estrada União e Indústria, Avenida Barão do Rio Branco e ruas Hermogênio Silva, Coronel Veiga e Washington Luiz, com atrasos que chegam a 40 minutos.

    As linhas afetadas, são: 070 – Posse Gaby, 500 – Terminal Corrêas, 613 – Bairro da Glória, 615 – Carangola, 630 – Jardim Salvador, 631 – Roseiral, 637 – Atílio Marotti, 650 – Amazonas, 654 – Espírito Santo, 660 – Rio de Janeiro, 670 – Araras, 672 – Águas Lindas, 700 – Terminal Itaipava, 705 – Cuiabá, 707 – Fagundes, 711 – Posse, 713 – Vila Rica e 726 – Madame Machado.

    De acordo com a empresa, o trecho entre o Trevo de Bonsucesso e o Terminal Itaipava é feito, normalmente, em 16 minutos. Nos horários de pico, o mesmo trajeto sobe para 40 minutos. Entre Benfica e o terminal, o trajeto passa de oito minutos para 23. Entre o Arranha-Céu e o Terminal Itaipava, sobe de seis para 25 minutos, em média, nos horários de pico.

    A Cidade das Hortênsias identificou os maiores impactos de trânsito, na operação de 15 linhas de ônibus, nas regiões do Itamarati, Retiro e Carangola, com atrasos que chegam a quase uma hora entre as viagens.

    As linhas, são: 300, 330 e 350 – Terminal Corrêas, 306 – Bairro Esperança, 323 – Ponte de Ferro, 340 – Terminal Itamarati, 360 – Alto da Serra, 370 – Rodoviária Bingen, 503 – Cidade Nova, 504 e 506 – Vicenzo Rivetti, 505 – Vila Manzini, 519 – Vale do Carangola, 526 – Modesto Guimarães e 529 – Débora Couto Sucupira.

    Segundo as empresas, os principais fatores que contribuem para a formação dos congestionamentos são: conversão à esquerda em via de mão dupla, estacionamento irregular nas vias e calçadas, manobra errada, automóveis parados em áreas escolares, carga e descarga em horário comercial e obras sem comunicado prévio ao órgão gestor.

    “O Setranspetro reforça a necessidade de colaboração da população para reduzir os impactos na mobilidade urbana. Para isso, pede que motoristas de veículos particulares evitem práticas como estacionar em fila dupla e que as instituições de ensino orientem pais e responsáveis sobre alternativas mais organizadas para a chegada e saída dos alunos, de modo a contribuir com a fluidez das vias e minimizar os atrasos no transporte coletivo”, disse o sindicato.

    Questionada pela equipe da Tribuna sobre o tema, a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) informou que desde o início do ano vem adotando medidas de melhoria na mobilidade urbana.

    “A conversão à esquerda tem sido um dos principais pontos de melhorias. No Quitandinha, foi adotado o sistema de trânsito binário, entre a Rua Pedro Américo e Avenida General Rondon, reduzindo significativamente os congestionamentos acusados pela conversão à esquerda no acesso ao bairro mais populoso da cidade, o Independência. Em Corrêas, também foi adotada a medida, entre a Estrada União e Indústria e a Rua Visconde de Taunay. Neste caso, evitando o impacto da conversão à esquerda no acesso à ponte de Corrêas. O congestionamento sentido Nogueira, que se formava a partir do terminal de Corrêas também foi significativamente reduzido. Também foi adota medida semelhante no Bingen, no trecho do 17, onde a ponte que dá acesso ao outro lado da via teve o trânsito impedido, fazendo com que os motoristas sigam até o retorno, que fica a menos de 100 metros de distância, evitando também as conversões à esquerda no trecho e melhorando a fluidez do trânsito. Todas essas medidas são executadas justamente nos horários de maior fluxo no trânsito, entre 17h e 19h”, disse a companhia.

    A CPTrans acrescentou que “em Itaipava, no trecho entre o shopping Estação e o terminal de Itaipava, foram instalados balizadores flexíveis, para impedir as manobras irregulares de conversão à esquerda no trecho. Além disso, já foi dado o início ao processo de implantação da rotatória do Carangola. Projeto idealizado em 2021 pela atual gestão (durante o governo interino) e que foi retomado agora. Junto ao DNIT, o corpo técnico da CPTrans ainda avaliou as intervenções que serão necessárias a rodovia ao longo de outros trechos que impactam diariamente no trânsito, como a conversão à esquerda dos ônibus no terminal de Corrêas, no trecho de Corrêas, da antiga Montreal, a ampliação das faixas de rolamento da rotatória de Bonsucesso e melhorias no trecho de Pedro do Rio, próximo ao DPO. Outras medidas vem sendo estudas e serão implementadas nos próximos meses”.

    No que diz respeito à fiscalização do estacionamento irregular, destacou que “diariamente os agentes de trânsito vem atuando para coibir as infrações. São mais de mil autuações em média todos os meses. Um trabalho que foi reforçado com o atendimento virtual prestado pela Bibi, do Alô CPTrans, que, pelo WhatsApp, vem desburocratizando o atendimento e facilitando o contato da população com
    a CPTrans”.

    A companhia finalizou informando que em pouco menos de quatro meses do Alô CPTrans já atendeu mais de 1.100 atendimentos, sendo 30% deles de denúncias referentes ao estacionamento irregular. Sobre a divulgação de obras e intervenções viárias, “todas elas são divulgadas diariamente nas redes e demais canais de comunicação da prefeitura”.

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