• Empresas de ônibus contabilizam alta de 73% no custo do diesel

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  • Segundo as empresas, nos últimos quatro meses o aumento foi de R$ 0,80 sobre o litro do combustível

    03/05/2022 09:59
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    Os constantes aumentos no preço do óleo diesel continuam prejudicando o transporte público em Petrópolis, segundo alega as empresas de ônibus. De acordo com o Setranspetro, o custo do litro do combustível, registrado em nota fiscal nessa segunda-feira (02), constava o preço de R$ 5,65, valor que, no acumulado, é de 73,3% superior ao registrado na última planilha tarifária, em agosto de 2019, que definiu a tarifa de R$ 4,40. As empresas – que em muitas linhas ainda não retornaram com a frota pré-pandemia e continuam com a redução de horários – justificam que o último aumento da tarifa aconteceu em agosto de 2019, e que o valor de R$ 4,40 “não sofre qualquer reajuste há dois anos e oito meses”.

    O Setranspetro informou que em agosto de 2019, o litro do óleo diesel era comprado a R$ 3,26 nas distribuidoras. Que em março de 2021, o custo já era de R$ 3,61; e que dez meses depois, em janeiro deste ano, o valor já chegava a R$ 4,85. Atualmente, segundo as empresas, o valor pago chega a R$ 5,65 por litro. Segundo as empresas, o aumento “ampliou ainda mais a crise econômica e financeira enfrentada pelas operadoras de ônibus, sem contar a elevação dos preços das peças e itens de rodagem dos coletivos”.

    As empresas afirmam, ainda, que o atual custo pago por litro de diesel é R$ 1,25 mais caro que o valor final da tarifa de ônibus na cidade, e que políticas públicas devem ser adotadas, “tendo em vista que o preço do combustível é o responsável por quase 30% de todo o gasto do setor no município”.

    “O diesel é um insumo essencial para a prestação do serviço por ônibus. Em razão dos aumentos consecutivos no país, a crise do sistema de transporte público está cada vez mais grave. Por isso, as empresas de ônibus, através de suas entidades representativas, apelam aos governos federal, estadual e à própria direção da Petrobras, para que sejam adotadas políticas públicas de preço, que possam equilibrar e solucionar esta equação, que eleva a inflação e prejudica os mais variados setores da economia”, disse Carla Rivetti, gerente do Setranspetro.

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