O otimismo dos empresários do setor de serviços para os próximos três meses apresentou uma ligeira queda neste mês, segundo sondagem feita pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) com 620 entrevistados, entre os dias 1º e 06 de junho. Na pesquisa, 80,3% esperam que a situação melhore ou melhore muito, enquanto na anterior esse número era de 82%. Apenas 13,9% acreditam que a situação permanecerá igual e 5,8% esperam que a situação piore ou piore muito, índice superior em relação a maio (4,7%).
A pesquisa mostra ainda que para 34,2% dos consultados o panorama de seus negócios melhorou ou melhorou muito nos últimos três meses. Para 31,3%, a situação piorou ou piorou muito. Disseram que permaneceu igual, 34,5%.
Sobre os principais fatores que limitam os seus negócios, a pesquisa mostra que 45,2% dos empresários apontam as restrições financeiras como o primeiro motivo, seguidas da demanda insuficiente (43,8%) e falta de mão de obra (13,8%). 21,2% dos entrevistados apontaram mais de um fator como limitador dos negócios.
Demanda por bens e serviços
Cerca de 36% dos empresários do comércio entrevistados disseram que a demanda diminuiu ou diminuiu muito pelos bens e serviços de suas empresas nos últimos três meses. Sobre a demanda nos próximos três meses, 66,6% esperam que aumente ou aumente muito, praticamente o mesmo índice (66,9%) da pesquisa anterior, realizada em maio. Apenas 8,7% acham que a demanda diminuirá ou diminuirá muito nos próximos três meses, enquanto 24,7% acham que se estabilizará.
Empregos
Sobre o quadro de funcionários nos últimos três meses, a pesquisa do IFec RJ revela que 17,7% afirmam que diminuiu muito e 13,1% que diminuiu. Para 10% dos entrevistados houve algum tipo de aumento das contratações nos três meses passados.
Estoques
Em relação ao abastecimento dos estoques nos últimos três meses, 52% disseram que ficou igual ao planejado, enquanto 41,9% afirmaram que ficou abaixo do planejamento feito. Apenas 6,1% relataram que seus estoques ficaram acima do planejado, o mesmo índice da pesquisa anterior.
Inadimplência
O índice de empresas que não ficaram inadimplentes nos últimos três meses aumentou em relação à pesquisa anterior. Em junho, esse número chegou a 49,8%, contra 48,9% de maio. As inadimplentes ou muito inadimplentes ficaram em 30%, índice também superior ao mês anterior (29,2%). Das empresas que tiveram dívidas, os cinco principais gastos estão associados aos bancos comerciais (31,8%), aluguel (31,1%), tributos federais e luz (28,3%) e fornecedor (27,6%).