• Empresários contabilizam prejuízos após incêndio no Extra

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  • 01/08/2017 09:13

    Dez dias após o incêndio que destruiu o supermercado Extra, na Rua Paulo Barbosa,  no Centro, empresários de uma galeria na Travessa Prudente Aguiar contabilizam os prejuízos. As lojas continuam interditadas pela Defesa Civil (DC) e só poderão ser reabertas após aos fundos do prédio do Extra for demolido, o que de acordo com a Prefeitura acontecerá após a conclusão dos trabalhos dos peritos.

    Segundo o proprietário de um açougue, Everton Albuquerque do Amaral, quatro toneladas de carne bovina já foram descartadas. O prejuízo com o estabelecimento fechado nesses 10 dias já ultrapassa R$ 80 mil. "Tenho 28 funcionários e um aluguel de R$ 20 mil. Só de carne bovina tive que jogar fora quatro toneladas do produto. E os prejuízos não param", lamentou o empresário.

    O açougue existe há pelo menos 30 anos e de acordo com Everton por cada dia fechado o prejuízo é de cerca de R$ 8 mil. O empresário denuncia que até agora não foi procurado pela direção do Extra e que não há uma definição de quando poderá reabrir a loja. "Dizem que a rua está fechada até que todo o prédio seja demolido. Mas no fim semana não houve nenhuma movimentação das máquinas. Estamos tendo prejuízos e alguém tem que dar uma posição", disse.

    Em nota a Defesa Civil informou que esse trecho da Travessa Prudente Aguiar e a Praça Clementina de Jesus continuam interditadas por conta do risco de queda da parte dos fundos do prédio do Extra. Ainda de acordo com a nota, a empresa contratada pelo supermercado para demolição e limpeza do terreno já fez um reforço estrutural no local para garantir que a demolição seja feita de forma segura, sem afetar os prédios próximos. 

    Everton contesta a posição da Defesa Civil. "Eu prefiro que uma janela da minha loja seja danificada do que continuar amargando esse prejuízo. Janelas eu conserto de um dia do para o outro", lamentou. Além do açougue a galeria conta com outras quatro estabelecimentos, entre eles um salão e uma loja de informática, e no segundo andar da galeria há uma igreja evangélica. O Extra informou que precisa da conclusão da perícia para avaliar os prejuízos a terceiros.

    “O principal objetivo é que aquela região volte a sua normalidade logo. Mas precisamos respeitar o cronograma da empresa contratada pela rede de supermercado, que é a responsável pela demolição. Na sexta-feira foi feito o reforço na estrutura e o desmonte acontece ainda essa semana. Todo trabalho está sendo feito com cuidado para garantir a segurança”, disse o diretor operacional da Defesa Civil, Ricardo Branco.

    Com a interdição da Praça Clementina de Jesus, os 40 barraqueiros que ficavam no local também tiveram que ser realocados. Os ambulantes estão agora no terreno onde ficava o estacionamento da CPTrans, na Rua do Imperador.

    Mais focos de incêndio 

    No último domingo (30), mais focos de incêndio apareceram nos escombros do supermercado Extra. O Corpo de Bombeiros foi acionado e as chamas foram controladas. Segundo os bombeiros ainda há material inflamável no local e focos ainda podem aparecer. Na manhã de ontem, não havia sinal de fumaça no local e as equipes continuavam trabalhando na limpeza do terreno. 

    O incêndio no Extra começou no último dia 23 de julho, no subsolo, local onde ficava o depósito e destruiu toda a estrutura. As chamas só foram controladas pelo Corpo de Bombeiros três dias depois do início do fogo. Ainda no domingo, parte do prédio desabou. E na segunda as equipes começaram a demolir a estrutura que foi consumida pelo fogo.

    A previsão é que toda a limpeza do terreno termine no fim do mês. A empresa confirmo que o prédio será reconstruído e que os empregos – 148 – serão mantidos. Parte dos funcionários entraram em férias coletivas e outros já foram realocados em outras lojas da rede.

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