• Empresário é acusado de forjar roubo de carro para fraudar seguro

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  • 29/11/2018 17:45

    Os áudios que circulavam em um aplicativo de mensagem e uma notícia nas redes sociais sobre o roubo de um carro no Bingen foi desmentida na tarde da última quinta-feira (29) pelo delegado titular Claudio Batista, da 105ª Delegacia de Polícia (DP), no Retiro. Segundo ele, o empresário e proprietário do veículo confessou que inventou o assalto para se beneficiar do seguro. Ele já foi ouvido na delegacia e vai responder, em liberdade, por estelionato, devido à fraude no recebimento do seguro, e por falsa comunicação de crime.

    Leia também: Polícia descobre três casos de falsa comunicação de crime de roubo

    "Antes mesmo que a suposta vítima se apresentasse na delegacia para fazer a notificação, os policiais civis e militares passaram a se movimentar visando localizar o veículo a fim de recuperá-lo e prender o suposto assaltante. Foram feitas diligências no local, troca de informações com outras unidades das forças de segurança e análise de monitoramento. Descobrimos que o episódio não teria acontecido e/ou não ocorreu da forma como ele notificou. Ele foi chamado para depor novamente e acabou confessando que inventou a história", explicou Claudio Batista.

    No áudio divulgado pelo empresário no aplicativo de mensagens, ele conta que estava estacionado em frente a uma antiga garagem de ônibus na Rua Bingen quando um homem armado chegou e anunciou o assalto. O veículo VW/Gol, de cor branca, teria sido levado pelo suposto assaltante. Na noite do "crime" ele se dirigiu à delegacia e fez o boletim de ocorrência. 

    "Imediatamente o áudio e a notícia começaram a circular nas redes sociais, causando indignação da população e gerando um sentimento de insegurança. O estado de alerta em que vivem policiais civis e militares, o constante desdobramento para manter a cidade mais segura e levar à população sensação de proteção fazem do episódio ainda mais repudiável e irresponsável. A sociedade petropolitana vem se movimentando em torno das forças de segurança para garantir recursos e para otimizar esforços e a conduta do empresário serve tão somente para tentar, além das vantagens  desejadas, desvirtuar o trabalho que vem sendo realizado pelas polícias Civil e Militar e pela Guarda Civil Municipal", lamentou o delegado.

    De acordo com Claudio Batista, em novo depoimento na delegacia, o empresário não quis revelar o nome das pessoas envolvidas no suposto crime, nem o que foi feito do automóvel. A falsa comunicação do crime não foi um fato isolado, na semana passada a delegada titular da 106ª DP, em Itaipava, Juliana Ziehe também denunciou três casos registrados na região de Nogueira.



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