Em vez de dois anos, novas faixas de pedestres duram menos de um mês
As novas faixas de pedestres, instaladas pela Prefeitura às vésperas da Bauernfest, não resistiram nem ao primeiro mês. Anunciadas pelo governo municipal como sendo uma tecnologia mais resistente, podendo durar até dois anos, as faixas termoplásticas também podem custar até 40% a mais que a pintura comum, que dura seis meses. Apesar da promessa, as faixas já começaram a desaparecer na Praça da Liberdade.
A instalação do novo material abrangeu o Centro, mas quando o anúncio foi feito pelo município, a intenção era usar a nova tecnologia em toda a cidade. Na ocasião, a CPTrans informou que já trabalhava em um cronograma nos bairros: “A intenção é priorizar as áreas onde existem faixas apagadas, locais próximos às escolas e creches e pontos onde o número de pedestres é grande. O serviço será feito gradativamente para contemplar todo o município, garantindo a segurança viária para quem precisa atravessar a rua”, dizia a nota.
A nova tecnologia, usada pela Prefeitura, é a mesma usada por outros municípios. O material “termoplástico pré-moldado” promete ter um melhor custo-benefício. O material foi criado para garantir maior visibilidade e durabilidade, sendo a sua instalação fácil e rápida devido ao seu tamanho e formato já adaptados.
A durabilidade esperada para as faixas colocadas no entorno da Praça da Liberdade, Avenida Roberto Silveira e Rua Padre Siqueira não aconteceu. Boa parte das faixas já se descolaram e estão espalhadas pelas vias. Em algumas ruas, placas inteiras saíram. O estado das faixas chamou a atenção da população.
“Belo trabalho da Prefeitura nas faixas de pedestres para a Bauernfest. Muito bacana, mas cadê a durabilidade? Parabéns aos envolvidos! Foi sempre assim, dão a maquiada na cidade antes das festas, cuidam dos jardins, tapam os buracos e agora essas faixas. É o que se via antigamente e o que continuamos vendo”, reclamou um empresário, que pediu para não ser identificado.
“É evidente que esse material é bem melhor que as tintas que eram usadas, mas está claro que foi tudo feito às pressas, como sempre é feito. Com certeza não foi colocado da forma correta e é assim que nosso dinheiro é usado. Provavelmente, vão ter que refazer”, criticou o motorista, Flávio Silveira.
A CPTrans alega que está testando soluções para faixas de pedestres em Petrópolis porque que a tinta à base d’água utilizada anteriormente pela companhia não teve aderência considerada satisfatória. A companhia disse, também, que a tecnologia termoplástica pré-moldada é nova e que a aplicação no município tinha caráter de teste, sendo expandido posteriormente caso apresentasse boa aderência ao solo do município. A CPTrans disse ainda que já está providenciando novas alternativas de sinalização.