• Em um ano, startup petropolitana venceu cinco editais

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  • 09/09/2019 12:10

    A cada dia, Petrópolis revela a sua vocação para ir muito além de uma cidade turística. A tecnologia, aos poucos, ganha uma conotação especial no âmbito econômico do município, graças ao trabalho de petropolitanos que veem na inovação um caminho também de desenvolvimento educacional. E é pensando nessa e em outras soluções que a MentorApp completou um ano com razões de sobra para comemorar.

    A startup foi inaugurada no dia quatro de setembro de 2018 e, nesse período, conquistou vitórias para lá de importantes. Dos cinco editais que participou no período, conseguiu emplacar todos com o desenvolvimento de um aplicativo voltado para a área de recursos humanos e educação. Tudo isso foi feito por uma equipe de seis pessoas, comandada pela empresária e professora universitária Marcilene Stacamburgo.

    O aplicativo desenvolvido por petropolitanos é baseado no uso da inteligência artificial para integrar habilidades técnicas e comportamentais para atuar em empresas e outros segmentos do trabalho. Através de cursos, os profissionais são orientados a lidar com os desafios impostos pelo século 21, em que a transformação atinge em cheio os trabalhadores e a produtividade dos negócios atuais.

    Segundo Marcilene, a inovação também desenvolve as habilidades comportamentais e sócio emocionais tão importantes no ambiente do trabalho, até porque se vive hoje, de acordo com ela, a quarta revolução industrial do mundo. “Tem uma frase de Peter Drucker, que as pessoas são contratadas por suas habilidades técnicas, porém, demitidas por seus comportamentos. Os sistemas inteligentes vão substituir as profissões exercidas atualmente e é preciso estar preparado para esses novos tempos”, diz.

    O aplicativo desenvolvido pela MentorApp serve para empresas públicas e privadas não apenas escolherem os melhores profissionais para determinadas áreas, mas também ensina como eles podem dar o retorno esperado aos seus empregadores. Com o uso da inteligência artificial, é possível ter sucesso com o binômio produtividade mais felicidade no trabalho, o que resulta na melhor produtividade. 

    “Os empregadores selecionam seus colaboradores, muitas vezes, levando em consideração apenas questões técnicas, que são facilmente mensuradas… Aí começa o pesadelo. Você pode ser um excelente técnico, mas se não souber se comunicar, trabalhar em equipe, gerir seu tempo, se colocar no lugar do outro, ter inteligência emocional, entre outros, rapidamente será substituído. Essas competências estão sendo cada vez mais valorizadas”, destacou Marcilene. 

    Sendo assim, Petrópolis dá sua contribuição para um setor que vai na contramão da crise no país. Vale destacar que vários polos de inovação estão surgindo pelo Brasil e o Rio de Janeiro tem se mostrado um dos lugares adorados pelos empreendedores do país. De acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups) 9,7% das startups do país são sediadas na cidade maravilhosa. Hoje, o Brasil já conta com 6.451 startups estruturadas, de acordo com a ABStartups. Das empresas cadastradas na base de dados, 72% são lideradas por jovens entre 25 e 40 anos de idade.

    A MentorApp, por sua vez, se revela como uma próspera empresa local. E, nesta semana, ao fazer um ano em plena atividade, anunciou o sucesso obtido em cinco editais que participou para conseguir o que chamam de “acelerador” – a empresa que injeta recursos no seu trabalho de inovação. Entre as conquistas, o negócio teve suas propostas, entre elas aprovadas pelo BNDES, Faterj e ABDI. Nesta última, por exemplo, selecionou 120 entre 500 inscritas em março. 

    Só a título de comparação com outro negócio que presta um serviço tecnológico, um bom exemplo do quanto o mercado tem crescido no estado é a Witseed. A empresa é uma edtech que produz treinamentos corporativos com as maiores empresas do país como Braskem, Algar, Fiat, Oi e Natura. A startup utiliza tecnologia de cinema nos vídeos e com inteligência artificial personaliza o conteúdo e a experiência dos alunos. A empresa faturou R$1,3 milhão no ano passado e prevê R$3,6 milhões para 2019.

    Além de duas décadas de conhecimentos acumulados em negócios e na área da educação, Marcilene busca fora do país elementos para introduzir em seus projetos de inovação. Tanto é que ela representa a MentorApp em um dos mais significativos eventos de startup do mundo – a SXSW –, realizada anualmente no estado do Texas, nos Estados Unidos.

    “Sempre penso onde posso aplicar a inovação e levar essa experiência a muitas pessoas. A base, contudo, é a educação e trabalhamos muito nisso. O futuro do trabalho vai depender das habilidades comportamentais. Vejo isso como a minha contribuição para o mundo. Como empresa, estamos alinhados em torno da tecnologia e o conhecimento, que estão em constante renovação”, finalizou a empresária, que realizará no próximo dia 28, no Petrópolis Green Office, no Quarteirão Brasileiro, um curso voltado para criar ferramentas de produtividade e formação de líderes.

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