• Em um ano, CTO registrou 474 novos casos de câncer de mama na cidade

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  • 07/02/2017 08:40

    O Dia Nacional da Mamografia, no último domingo, foi lembrado em Petrópolis sem muita comemoração: apesar de a rede municipal de saúde contar com dois mamógrafos – um no Centro de Saúde e outro no Hospital Alcides Carneiro – um deles (o do Centro de Saúde) está quebrado, fora de operação desde o fim do ano passado. O equipamento, mais antigo, chegou a ter o funcionamento suspenso durante obras no espaço, mas voltou a operar em abril do ano passado, garantindo cerca de 180 exames por mês. Nos primeiros oito meses de 2016, mais de 3.100 mamografias foram realizados pelo SUS na cidade – no Centro de Saúde, no HAC e na rede conveniada.

    O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma, respondendo por cerca de 25% dos casos novos a cada ano. Em Petrópolis, em 2015, foram 474 novos casos registrados somente pelo Centro de Terapia Oncológica (CTO). Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam 57 mil novos casos de câncer de mama no passado, e a estimativa é de 14 mil óbitos no mesmo ano. A mamografia, como forma de rastreamento reduz a mortalidade. "Fazendo o tratamento no estágio inicial, a cura chega a 95%. A mamografia é fundamental para a prevenção", alertou a mastologista Marilda Plácido.

    A recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia é que o exame seja realizado anualmente a partir dos 40 anos. "Mulheres que tem histórico na família de câncer de mama e de ovário, devem iniciar o rastreamento antes, com 35 anos. O importante é receber as orientações do seu médico", disse a mastologista, acrescentando que as mulheres não precisam ter medo do exame. "Não dói e não tem contraindicação", explicou.

    A vice-presidente da Associação Petropolitana de Pacientes Oncológicos (APPO), Claudia Maria Jochen Teixeira também alerta para o exame. "Eu tive câncer há 13 anos e sei a importância do exame para o diagnóstico precoce. Se tivesse descoberto a doença antes não teria retirado a minha mama", contou. "Quanto mais cedo fizer melhor. Precisamos ampliar o acesso, todos os aparelhos da rede pública precisam estar funcionando e da rede particular também precisam oferecer exames mais modernos", disse.

    Prefeitura diz que HAC atende demanda

    A Secretaria de Saúde informou, em nota, que o mamógrafo do Centro de Saúde apresenta um problema na processadora desde o ano passado, por falta de manutenção. O exame era realizado, porém o resultado ficava comprometido com a falta de visualização da imagem impressa. Os atendimentos da rede estão sendo direcionados para o Hospital Alcides Carneiro (HAC) onde há aparelho funcionando com capacidade para atender a demanda..


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