• Em Tóquio, judoca Ketleyn Quadros volta ao tatame olímpico após 13 anos

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  • 26/07/2021 17:00
    Por Raphael Ramos / Estadão

    Ketleyn Quadros não é mais aquela jovem de 21 anos que nos Jogo Olímpicos de Pequim-2008 tornou-se a primeira brasileira a conquistar uma medalha olímpica em provas individuais com um bronze. A judoca estreia nesta segunda-feira às 23h35 (horário de Brasília) em Tóquio, 13 anos mais experiente e também como um dos grandes nomes da delegação brasileira. Não somente pelas suas conquistas, mas também por tudo o que representa ao judô do País.

    Não à toa, foi porta-bandeira na cerimônia de abertura ao lado do levantador Bruninho, do vôlei, em mais um feito inédito: pela primeira vez, mulheres e homens carregaram juntos o símbolo nacional no evento.

    A estreia de Ketleyn no lendário Nippon Budokan será contra a hondurenha Cergia David. Depois de ficar de fora das duas últimas Olimpíadas, a brasileira está de volta aos Jogos disposta a escrever uma nova página da sua história com outra medalha, agora na categoria meio-médio até 63 kg – em Pequim, ela competiu na leve (até 57 kg). Para alcançar o bloco final de disputas em Tóquio (repescagem, semifinal, bronze e final), ela precisará passar, no mínimo, até as quartas de final.

    “Olho para a minha carreira e vejo que não ter participado dos últimos dois Jogos me ajudou a crescer, a evoluir e a estar aqui. Sou muito grata e me sinto privilegiada”, diz Ketleyn.

    Ela é vista como uma pioneira no judô por abrir caminho para a geração de Sarah Menezes, Rafaela Silva (campeãs olímpicas em Londres-2012 e no Rio-2016, respectivamente) e Mayra Aguiar (bronze nas duas últimas Olimpíadas). Ao longo da carreira, amealhou 33 medalhas em eventos do Circuito Mundial e virou modelo de dedicação profissional.

    Noiva do também judoca Alex Pombo (atleta olímpico em 2016), Ketleyn contou com a ajuda do companheiro em sua preparação para os Jogos, principalmente no período em que não pôde frequentar o seu clube, a Sogipa, em Porto Alegre, por causa da pandemia. O jeito foi improvisar treinos adaptados em casa ao lado de Pombo. Assim, Ketleyn tentará nesta segunda sua segunda medalha olímpica.

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