• Em show-manifesto, Emicida, Céu e Criolo estreiam ‘Amor, Ordem e Progresso’

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  • 11/06/2022 22:35
    Por Camila Tuchlinski / Estadão

    Atentos aos problemas enfrentados pelo País após dois anos de pandemia de covid-19, com o número de famintos ultrapassando 30 milhões de pessoas, Céu, Criolo e Emicida vão apresentar o espetáculo Amor, Ordem e Progresso na virada do sábado, 11, para o domingo, 12, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

    Os ingressos para o Festival João Rock já estão esgotados e o trio estará no palco às 0h40 do domingo, encerrando as atividades.

    O show-manifesto tem como inspiração as palavras do positivista francês Auguste Comte: “O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”. Os dizeres inspiraram o que está escrito na bandeira do Brasil.

    “‘Amor’ precisa entrar na bandeira do Brasil para que, lá no futuro, nos lembremos que essa palavra está ali por um motivo: a ausência do amor como política pública custou a vida de mais de 650 mil pessoas. Qual é a magnitude dessa destruição?”, afirma Emicida.

    A apresentação tem um dos objetivos ressaltar a pluralidade do povo brasileiro, destacando a diversidade na construção da identidade nacional.

    Amor, Ordem e Progresso será dividido em três atos. No ‘Sankofa’, que leva o nome da filosofia africana que diz que é importante retornar ao passado para ressignificar o presente e construir o futuro, a apresentação busca conexão com a herança ancestral. Boa Esperança, de Emicida, e Convoque Seu Buda, de Criolo, estão entre as faixas preparadas.

    Também haverá a execução de Vapor Barato, conhecida na voz de Gal Costa, e de autoria de Jards Macalé e Waly Salomão. Jards, inclusive, foi uma das pessoas que já defendeu a alteração da frase da bandeira do Brasil, tendo lançado um disco com o título Amor, Ordem & Progresso, em 2003.

    O segundo ato, ‘A Nave’, tem como objetivo capturar o público pelo sentimento. Céu apresenta A Nave Vai e Malemolência. Já Criolo entoa Não Existe Amor em SP e Duas de Cinco. E Emicida canta AmarElo e Hoje Cedo.

    Para encerrar o espetáculo, o ato ‘Ainda há tempo?’ apresentará músicas que questionam o atual estado de espírito do nosso povo, mas deixam uma mensagem de fé e esperança para a sociedade. Nada Será como Antes, do Clube da Esquina, e Carinhoso, de Pixinguinha, serão apresentadas, além das canções Varanda Suspensa, de Céu, Menino Mimado, de Criolo, e Principia, do Emicida.

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