Em quem votar?
Um consultor de um grupo empresarial de mídia trouxe a público uma estatística que se mostra no mínimo insensata por parte da população. Pelos números dele 95% das postagens políticas nas redes sociais seria por conta da eleição presidencial, apenas 3% com referência a governador e 2% sobre deputados federais, estaduais e senadores.
Compreende-se a eleição para escolha do próximo presidente chame mais atenção mas o descaso com a importante escolha para o Congresso é no mínimo preocupante. Em uma campanha de curta duração com os caciques de cada partido dirigindo e destinando a seu bel prazer o fundo eleitoral, sem sombra de dúvidas não haverá renovação e teremos um Congresso com mais do mesmo. Portanto, não se surpreendam com isto.
Após os dois primeiros debates presidenciais e em função deles, nenhum candidato subiu ou caiu nas intenções de voto, todos se protegeram ao máximo em suas colocações evitando de todas as formas grandes confrontos. Não empolgaram e transferiram as escolhas que serão feitas pelos indecisos mais para frente. Curiosamente ninguém pode afirmar que houve um vencedor em um ou no outro debate. Mornos, sem graça e sonolentos.
Talvez, em parte, isto possa se explicar porque eles desconhecem o que nos reserva o resultado da propaganda eleitoral gratuita pelas tvs, como estas vão influenciar nas intenções de voto e enquanto não se tem solução do quadro final dos candidatos pelo TSE quanto a decisão pela inelegibilidade de Lula. Somando-se a isto, o fato de o PT não se posicionar definitivamente sobre o substituto não se saberá os números de votos da transferência de Lula para outro candidato. Outrossim, por haver uma proximidade no número de intenções de voto entre cinco candidatos, logo todo cuidado é pouco, nenhum deles quer se arriscar.
Então, nesta eleição confusa, onde os debates teriam o importante papel de ajudar os eleitores nas escolhas, isto não está a acontecer. Não se viu até agora um confronto de idéias, um efetivo projeto para o País, apenas algumas proposições de aplicabilidade duvidosa, muita conversa vaga e vazia, como se a generalização os ajudassem a se proteger. Fica patente a má qualidade dos candidatos à Presidência e de seus altos níveis de empulhação.
Os principais candidatos estão a seguir fielmente as determinações de seus marqueteiros. Os discursos são falaciosos.
Posições anteriores são negadas outras reaparecem de forma controvertida.
Teremos que aguardar mais uns 30 dias para que o quadro se mostre mais claro e menos dissimulado e sabermos o que teremos a futuro.