
O número de beneficiários de planos de saúde em Petrópolis caiu de 86.295 em dezembro de 2024 para 84.573 em abril de 2025. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde e indicam uma redução de 1.722 usuários no período, o que representa uma queda de 1,99%.
Com a diminuição, o total de moradores da cidade vinculados a convênios médicos representa 28,66% da população estimada em 294.983 habitantes. Já o número de pessoas que dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) subiu de 208.688 para 210.410, o equivalente a 71,34% da população.
A redução de beneficiários de planos de saúde vem sendo debatida há um tempo na cidade. Quando apresentou os dados de dezembro à Câmara, o atual governo reiterou a preocupação com uma ampliação de demanda para o sistema público, já relatado também pela gestão anterior.
O aumento da demanda já é sentido na rede. Na noite da última segunda-feira (14), circulou nas redes sociais um vídeo de uma confusão entre funcionários e pacientes da UPA Centro. Os usuários estariam revoltados com a demora para atendimento na unidade, que, segundo os relatos, passou de sete horas.
A Secretaria de Saúde de Petrópolis informou que tem hoje seis portas de entrada de urgência e emergência que garantem o atendimento da população petropolitana. Ainda assim, o município disse que está solicitando ao Ministério da Saúde o credenciamento de sete novas equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) para ampliar o atendimento da atenção primária.
Na atenção especializada, a Prefeitura apontou que, desde o início do ano, estão sendo feitos mutirões para agilizar o atendimento de exames complementares, como de ultrassonografia, mamografia e tomografia computadorizada. Destacou também a aquisição de quatro novos aparelhos de ultrassonografia que já estão entrando em operação. “Houve ainda um reforço das equipes do Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) com aumento de 84% dos atendimentos de pacientes crônicos nas próprias residências”, complementa a nota.
Em relação a confusão na UPA Centro, a Secretaria de Saúde informou ainda que, na última segunda-feira, a unidade estava operando com uma equipe de quatro médicos clínicos e dois pediatras, como recomenda o Ministério da Saúde. No entanto, segundo a nota, a demanda estava alta e alguns profissionais tiveram que sair da unidade para acompanhar pacientes na ambulância, o que teria provocado uma demora um pouco maior no atendimento.
A Prefeitura ainda disse que houve uma discussão, funcionários do atendimento foram ofendidos e a polícia foi chamada para controlar a situação. A coordenação da UPA abriu um procedimento interno para apurar os fatos.
A Polícia Militar confirmou que foi acionada, mas, ao chegar no local, os policiais não encontraram qualquer distúrbio ou anormalidade.
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