Em oito meses de alta, produção industrial sobe 41,8%, afirma IBGE
Com a alta de 0,9% na produção industrial em dezembro ante novembro, a indústria registrou o oitavo mês seguido de alta, na maior sequência consecutiva de meses positivos desde 2009, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, 2. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), em oito meses de alta, a produção acumulou alta de 41,8%, superando a queda de 27,1% acumulada em março e abril, deixando pra trás as perdas com a pandemia.
A alta no período de oito meses foi maior do que o avanço no período de 13 meses entre janeiro de 2009 e janeiro de 2010, disse André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. Naquela ocasião, a indústria se recuperava do baque provocado pela crise financeira internacional, no fim de 2008. O ganho em 13 meses de alta foi de 20,2%.
Com a recuperação de oito meses iniciada em maio, o nível da produção industrial supera em 3,4% o nível de fevereiro de 2020, antes da covid-19 de abater sobre a economia. É o maior nível desde dezembro de 2017. Mesmo assim, o nível de atividade ainda está 13,2% abaixo do nível recorde da série histórica do IBGE, registrada em maio de 2011.
Macedo lembrou que as altas expressivas vêm em cima de um base de comparação fraca. O ano passado foi marcado pelo piso da série histórica do IBGE. Segundo Macedo, o ano teve os três pontos mais baixos da série: abril, maio e junho.
“É uma sequencia de resultados positivos, há um perfil disseminado de recuperação, mas o setor industrial tem espaço ainda muito importante para recuperar. Não é característica só da pandemia, vem de alguns anos. Tanto que é segundo ano de queda”, afirmou Macedo. Em 2020, a produção industrial caiu 4,5%, após o recuo de 1,1% em 2019.
Revisões
O IBGE revisou o resultado da produção industrial em novembro ante outubro de 2020, de uma alta de 1,2% para um avanço de 1,1%. A taxa de outubro ante setembro passou de +1,1% para +1,0%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, divulgada nesta terça-feira.
Na categoria de bens de capital, a taxa de outubro ante setembro passou de alta de +7,4% para +7,2%. Os bens intermediários tiveram o desempenho de novembro ante outubro revisto de uma ligeira alta de 0,1% para uma queda de 0,2%. A variação de outubro ante setembro passou de -0,4% para -0,1%.
A taxa dos bens de consumo duráveis em novembro ante outubro foi revista de +6,2% para +5,8%, enquanto a de outubro ante setembro passou de +2,2% para +3,0%. O desempenho dos bens de consumo semi e não duráveis em novembro ante outubro passou de +1,5% para +1,2%. O resultado de outubro ante setembro saiu de -0,1% para -0,3%.