O prefeito Rubens Bomtempo anunciou, nessa segunda-feira (29), pelas redes sociais, que Anderson Fragoso é o novo diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep). A mudança ocorre na mesma semana em que os chefes da Comdep e da CPTrans terão que prestar esclarecimentos na Câmara Municipal, após convocação dos vereadores aprovada em sessão plenária.
Fragoso substitui Érica Lélis, que ficou quase quatro meses no cargo, após a saída de Léo França. O novo diretor-presidente já exercia o cargo de gerente de compras da companhia.
Convocação
Os vereadores aprovaram um pedido de Mauro Peralta (PMN) para convocar os presidentes da Comdep e CPTrans a estarem na Câmara Municipal nesta quinta-feira (01). O objetivo é esclarecer a quantidade de funcionários nomeados em cargos de comissão, suas funções e especializações, além de outras questões inerentes a cada companhia, como a coleta de lixo e o trânsito e transporte do município.
Segundo o autor do pedido uma das perguntas é em relação à falta do transbordo do lixo, que não consta na nova licitação e está sem funcionar há mais de uma semana. A Casa Legislativa quer saber o impacto ambiental e financeiro desta medida.
Além disso, Peralta diz que há uma despesa de R$ 700 mil com óleo diesel para caminhões utilizados na coleta. O contrato emergencial, no entanto, prevê que o abastecimento é de responsabilidade da contratada.
“Vou fazer um convite ao Ministério Público para que esteja junto aqui (acompanhando as explicações). Se ele não puder vir, a gente vai entregar as nossas conclusões ao Ministério Público”, afirmou o vereador.
CPTrans
Com a CPTrans, Peralta quer esclarecer a quantidade de engenheiros de tráfego que a companhia possui. Também pretende saber o motivo da contratação via MEI (microempreendedor individual) de agentes para a atuarem no trânsito da Bauernfest, em detrimento do chamamento dos aprovados no último concurso.
Outra questão é o não cumprimento da Lei 8.403/2022. O texto, também de autoria de Peralta, prevê que os ônibus devem ter um cartaz, na parte traseira, com informações sobre o ano de fabricação, início e término do tempo de uso permitido. Foi sancionada em setembro de 2022 e regulamentada em outubro de 2023, com prazo de 180 dias para adequação, mas ainda não é cumprida.
“Eles não querem que a população saiba que aquele ônibus já não poderia circular na cidade? A quem interessa isso? Por que que o prefeito não cumpre a legislação de uma lei que ele mesmo sancionou?”, questionou Peralta.
Procurada, a Prefeitura não respondeu até a última atualização. A reportagem também questionou o Setranspetro sobre o descumprimento da Lei 8.403/22, mas não obteve retorno.