• Em debate, Boulos responde que defende PM que trata igual morador de periferia e do centro

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  • 19/out 22:08
    Por Geovanni Bucci e Luccas Lucena (especiais para a AE) e Iander Porcella / Estadão

    Durante debate da Record e do Estadão entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo, o atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), perguntou ao seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL), se ele é a favor do fim da Polícia Militar, do aborto e da descriminalização das drogas. “Vou fazer uma pergunta muito objetiva, e gostaria que você pudesse falar ‘sim’ ou ‘não’: você já foi a favor da liberação de drogas? Sim ou não? Você já foi a favor do fim da Polícia Militar? Sim ou não? Você já foi a favor da legalização do aborto? Sim ou não?”, questionou Nunes.

    No começo da resposta, Boulos voltou a repetir que defende o modelo da polícia que dá certo na Europa. “Em relação à polícia, eu já disse claramente qual é a minha posição: defendo um modelo que dá certo na Europa, que trata o crime com rigor, mas trata igual quem mora na periferia e quem mora no centro, trata igual o rico ou pobre, diferente do que você e seu vice defendem.”

    Ele também retrucou sobre as drogas, dizendo que Nunes tem “dificuldade” em separar quem é traficante e quem é dependente. “Em relação a drogas, existe uma diferença muito clara entre eu e você: você, às vezes, tem dificuldade em separar quem é traficante e quem é dependente. O traficante é caso de polícia, é criminoso. O dependente químico precisa ser preso ou tratado e resgatado? Acho que precisa ser tratado e resgatado. Nunes defende que seja preso.”

    Sobre aborto, Boulos disse que defende a vida, mas que há mecanismos na lei que permitem a interrupção da gravidez. “O prefeito tem que cumprir a lei. Defendo a vida da criança, da mãe e da menina. A lei diz, de forma muito clara, que uma mulher pode interromper a gravidez em caso de estupro, risco de vida ou que o feto não vá sobreviver.”

    O candidato também acusou o prefeito de ter gente “muito suspeita” por perto. “Você tem gente muito suspeita do seu lado. Você tem, por exemplo, Eduardo Olivatto, que é cunhado de Marcola, do PCC, liberando dinheiro de obra da prefeitura”.

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