Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Paulo Mustrangi sobre juventude
Paulo Roberto Mustrangi de Oliveira é pré-candidato pelo Solidariedade. É brasileiro, casado, aposentado, nascido e residente no Bairro Itamarati. É bacharel em Direito pela Universidade Católica de Petrópolis. Foi vereador, presidente da Câmara, deputado estadual e prefeito da cidade entre 2009 e 2012. Desde 2015 Trabalha com a família na empresa de massas artesanais que criou, no Itamarati.
As drogas se tornaram um problema social relevante. E os jovens são os mais suscetíveis ao consumo de álcool, drogas ilícitas e medicamentos como estimulantes e tranquilizantes. E o consumo de drogas acaba afetando toda a estrutura familiar. Como evitar que os jovens entrem no mundo das drogas e como ajudar as famílias que já convivem com este drama?
O primeiro passo para lidar com essa situação é não fechar os olhos para o problema que, de fato, existe em Petrópolis. Sempre demonstrei preocupação quando estive prefeito e incentivei o acolhimento e o investimento em equipes multidisciplinares às vítimas dessa tragédia social. No meu governo trabalhamos para a instalação do CAPS AD III, centro de referência e especializado em álcool e drogas, na Monsenhor Barcelar. E nós precisamos continuar executando essa política e aumentando o atendimento à população.
A população jovem de Petrópolis é de 70 mil pessoas. Somente de 15 a 19 anos são 24 mil jovens. É nesta faixa etária que o jovem quer ingressar no mercado de trabalho e precisa estar protegido contra a ameaça das drogas. O que sua gestão vai fazer nestes dois sentidos?
A educação de Petrópolis precisa de novas perspectivas para esses jovens de 15 a 19 anos, porque é neste período que acontece o amadurecimento no âmbito educacional. Precisamos investir e dar mais oportunidades, de ingresso à curso técnico, universidade e demais, pois dessa forma eles poderão ter melhores aproveitamentos de empregos e renda. Penso que realizar parcerias com o Estado para investir em capacitação profissional, profissionalizando e qualificando essa juventude é o caminho correto.
Relegado a um segundo plano, o esporte voltou a ser protagonista em comunidades, nas escolas e na vida dos jovens. O que Petrópolis precisa avançar não apenas em estrutura física, mas em ferramentas para que haja cada vez mais a prática de esporte entre os jovens?
Precisa de uma gestão participativa. Entre os poderes e a população. Em minha gestão fizemos investimentos para que as crianças tivessem atividades complementares, de cultura e esporte, no contraturno escolar. Hoje temos um grupo de skatistas do nosso município que tem feito “vaquinha online” para arrecadar dinheiro e reformar pistas. Antes, realizamos diversos campeonatos esportivos para ocupar as praças, e assim deve ser feito novamente. O incentivo é a resposta para muitas questões em nosso município.
Manifestações culturais surgiram na cidade por iniciativa de jovens, como festivais de música nas praças. Mas o poder público não conseguiu acompanhar e garantir ordenamento para estas atividades. O resultado é uma queda de braço entre prefeitura e organizadores atravessando vários governos. Como a sua gestão vai garantir manifestação cultural de iniciativa da sociedade?
É necessário dialogar. A parceria com o Conselho Municipal de Cultura é fundamental para garantir as políticas públicas, principalmente para os jovens e as manifestações culturais. As festas populares tradicionais, como a “antiga” Petrópolis Rural, garantiam o acesso total da população a esses eventos. Outro ponto do meu governo é a valorização das bandas jovens locais. Dar espaço e ter responsabilidade é fundamental para darmos esse passo.
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