• Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Marcus Curvelo sobre desemprego

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 26/07/2020 08:00

    Marcus Curvelo é pré-candidato pelo PSB.

    1 – Quais os acertos e erros do governo municipal nos últimos anos na geração de emprego e renda em nossa cidade?

    Quase nada foi feito nos últimos anos neste sentido – nem mesmo concurso público, instrumento que o governo pode usar para gerar emprego. No ambiente econômico, houve pouca ação para atrair investimentos. Essa timidez fez com que Petrópolis, mesmo antes da pandemia, tivesse uma grande quantidade de pessoas sem trabalho; e, durante a crise, no agravamento colossal dessa questão, com muitos desempregados. A preocupação de todos nós é de encontrar saídas para esta situação no curto prazo, para que Petrópolis possa gerar emprego de novo. 

    2 – Ainda dentro do tema desemprego, sendo eleito, quais serão as suas primeiras ações ao assumir a administração pública com o objetivo de gerar emprego e renda em Petrópolis?

    Tentar liberar R$ 1,5 bilhão de investimentos, principalmente em construção civil, que hoje estão parados, com uma análise criteriosa dos projetos. Também é necessário criar um instrumento de crédito para micro e pequenos empresários, além dos informais. Com isso, eles vão poder financiar capital de giro e matéria prima. Vamos olhar para as comunidades, com a criação de mutirões remunerados. Buscar obras de infraestrutura, aplicar de forma correta verbas como a do PAC Encostas e fomentar parcerias público-privadas também são prioridades. 

    3 – No âmbito municipal (sem contar os esforços do Estado e da União) quais deveriam ser as ações para acolher e proteger as empresas durante a pandemia?

    Faltou linha de crédito. O governo municipal poderia ter se mobilizado e articulado com a Caixa Econômica Federal e o Santander, que tem a folha dos servidores municipais, disponibilizando crédito para micro, pequenas e médias empresas. Além disso, a Prefeitura poderia ter postergado o pagamento de impostos, ou pelo menos o pagamento de juros e multas. Isso ajudaria pequenas empresas a sobreviverem. A Rua Teresa ficou à míngua, assim como o pólo de modas do Bingen e a Feirinha de Itaipava. Faltaram ações pró-ativas para minimizar o impacto.

    4 – A pandemia do coronavírus coloca em evidência o problema do desemprego em Petrópolis, com mais de 5 mil demissões em apenas dois meses. Por quanto tempo você acredita que haverá conseqüências na economia da cidade? E como retomar o crescimento?

    O cidadão só vai perder o medo de ir às ruas, bares, restaurantes, bem como viajar, no momento em que houver vacina. É preciso ter em conta que a retomada terá de ser feita com investimento público. Teremos que ser criativos, enxugando a máquina administrativa no máximo para poder liberar o maior investimento possível, permitindo uma retomada rápida. Vamos estimular a atração de novas empresas, mas o município vai ter que fazer esforço fiscal e administrativo grande para melhorar o ambiente de negócios.

    Ouça aqui a entrevista em podcast:

    Últimas