Eleições 2020: Tribuna entrevista o pré-candidato a prefeito Eduardo Silvério sobre administração pública
Eduardo Silvério é pré-candidato a prefeito pelo Partido Podemos. É natural de Petrópolis, filho da Sra. Marlene Silvério e do Sr. Nelson Silvério. Casado com Elaine Agassis, pai de 3 filhos e 4 netos. Empresário no ramo imobiliário há 33 anos. Em sua experiência pública, ele foi gestor do núcleo administrativo da Secretaria de Administração e RH da prefeitura de Petrópolis, gestor do núcleo da procuradoria geral do município de Petrópolis e trabalhou na organização da primeira eleição do conselho tutelar. Atualmente é conselheiro efetivo e segundo secretário do CRECI-RJ.
De um lado o cidadão que reclama de atendimento ruim nos serviços públicos e, de outro, servidores insatisfeitos com condições de trabalho e salários. A máquina pública se mostra pesada, lenta e com ferramentas obsoletas. O desafio é otimizar a administração, reduzir gastos e aumentar a produtividade para executar políticas públicas. Como fazer isso com o efetivo de pessoal e ferramentas que existem hoje na prefeitura?
Esta pergunta é bastante complexa e abrangente, para se responder em apenas 7 linhas, mas vamos lá: em primeiro lugar investir em tecnologia e equipamentos, para se ganhar em rapidez e qualidade; em segundo lugar, investir na qualificação profissional dos servidores, por meio de palestras motivacionais e cursos técnicos voltados para área de atendimento ao público e por fim, criarmos mecanismos de gratificações por produtividade e meta. Afinal temos excelentes servidores, porém desmotivados, pois necessitam ser ouvidos.
Os servidores municipais tiveram nos últimos anos apenas um reajuste salarial de 4,3%. São 9 mil servidores e mais 3 mil aposentados e pensionistas. A prefeitura é a maior empregadora da cidade. Como valorizar o servidor e cobrar melhor desempenho para atender ao cidadão?
É impossível se falar em reajuste salarial do servidor, sem antes sabermos a quantas andam o limite determinado na Lei de Responsabilidade Fiscal; apesar de entendermos o drama pelo qual passam nossos servidores, não podemos colocar em risco o pagamento de seus salários por irresponsabilidade administrativa. Porém tudo terá de ser feito com ampla e irrestrita transparência pública, perante nossos servidores e seus representantes de classe. Afinal queremos ouvir e ser ouvidos pelo funcionalismo público municipal.
Sendo eleito, como será a condução das despesas de pessoal em seu governo. Hoje a prefeitura gasta cerca de 51% de sua receita com pagamento dos servidores e ainda precisa solucionar contratações feitas por RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo) em várias secretarias, em especial, Saúde e Educação.
O primeiro passo é não estourarmos o limite legal, o segundo será se adequar as necessidades do município em relação a quantidade ora apresentada de servidores concursados, nomeados e os contratados por via de RPA, que é um dos maiores problemas hoje a ser enfrentado, assim, imaginamos buscar uma redução neste item, na casa dos 30%, contando com a colaboração dos nossos funcionários de carreira. Promovendo assim, um equilíbrio nos gastos públicos da folha de pagamento do município.
Na administração pública, os cargos de chefia, são ocupados por indicações do prefeito. Nem sempre são escolhidas pessoas tecnicamente preparadas para conduzir as pastas. Como será escolhida a sua equipe de governo? O apoio político vai significar ocupação de espaços importantes em secretarias da sua gestão?
Pretendemos buscar um equilíbrio nas contas municipais e não devemos transigir com aqueles que ainda cooptam e fazem da política seu fisiologismo maior, junto a outros da mesma estirpe. Ou seja, temos que ter compromisso com nosso povo (aqueles que nos elegem) e não com as siglas partidárias que sugam em sua maioria nossas riquezas. Cremos que assim poderemos fazer daqui um ótimo lugar para se viver. Teremos com isto a prerrogativa de convidarmos os técnicos para as suas respectivas áreas.
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