Eleições 2020: Tribuna entrevista o candidato a prefeito Leandro Azevedo sobre Educação

O vereador professor Leandro Azevedo (PSD) foi eleito em 2016, com 2.673 votos. Sargento temporário do Exército, é formado em Educação Física, e Pós-Graduado, com MBA em Gestão Pública, Gestão Escolar e Gestão Esportiva. Dedicado a trabalhos sociais nas comunidades, tem nas áreas de Educação, Esporte e Lazer, Direitos da Criança, do Adolescente e das Mulheres, Saúde e Acessibilidade suas principais bandeiras, assim como a Cultura, Moradia e Habitação, direitos dos rodoviários e transporte público de qualidade.

Países de primeiro mundo se preocupam, além de que oferecer Educação, formar cidadãos.  Hoje, no dia a dia, pequenos atos de desonestidade, como não revelar um troco errado, furar uma fila, levar uma vantagem, são comuns.  Isso reflete no ambiente de corrupção que se instituiu no país. Como a educação em Petrópolis pode formar melhores cidadãos para que isso reflita na escolha de seus gestores e na vida em comum?

A escola ensina e a família educa. Por isso é necessário que ambos sejam aliados nessa construção de valores. As escolas precisam oferecer atividades de aproximação com pais e alunos para intensificar esses princípios para que passem a pratica-los dentro de suas comunidades. Também entendo que é fundamental ampliar a educação integral, trabalhando o esporte e a cultura, que são duas vertentes diretamente ligadas a sua formação como respeito, disciplina e cuidado ao próximo.

Sem professores qualificados não há uma boa educação.  Japão, Coreia e Finlândia são exemplos de valorização dos professores. Nestes países, eles não recebem menos que R$ 12 mil reais por mês.  E a maioria dos recursos do Fundeb, em Petrópolis, é usada para pagar professores. Mesmo assim, a classe reclama de remuneração, condições de trabalho e falta de aperfeiçoamento profissional. Como a sua gestão vai avançar na Educação?

Uma das primeiras medidas será o retorno do regime de Extensão Temporária por Jornadas – ETJ, que foi substituído pelo Regime Especial de Horas Temporárias – Reht. Para o aperfeiçoamento profissional, é preciso buscar parcerias com universidades e empresas para a realização de cursos de capacitação, que precisa ser constante e incluir todo o pessoal de apoio, como os educadores. As condições de trabalho precisam ser avaliadas com respeito pela classe, observando materiais oferecidos, salas até a saúde do trabalhador.

O ensino profissionalizante tem sido uma grande alternativa para formar os jovens em educação e, ao mesmo tempo, inseri-los no mercado de trabalho. Mas, o ensino profissionalizante oferecido hoje na cidade foca pouco nas nossas vocações, como a tecnologia e o turismo.  Se estes são setores promissores na cidade, como formar o jovem para trabalhar no polo tecnológico e na rede de turismo da cidade?

Temos que estimular e inserir cursos profissionalizantes voltados para a tecnologia e turismo em nossa unidade de ensino médio, que é o Liceu Municipal e no segundo segmento, através do sistema de educação integral. É preciso reunir todos os atores, como centro tecnológico, profissionais de turismo, entidades, cursos e universidades para assinalar, junto ao Poder Executivo, as prioridades para o desenvolvimento do setor, firmar parcerias para contratação do Jovem Aprendiz. Temos potencial, mas falta diálogo.

Depois de seis décadas de tragédias só agora Petrópolis incluiu em sua grade curricular a prevenção a desastres com ensino de Defesa Civil nas escolas.  O que mais precisa  ser incluído na educação de Petrópolis para a formação do aluno como cidadão responsável e consciente?

Agora é lei, porém, esse trabalho relacionado a Defesa Civil já vinha sendo realizado nas escolas, por outros governos, há alguns anos. Pela nossa geografia e histórico de desastres, a discussão do tema é fundamental. Porém, acredito que outros assuntos, como a Educação Financeira, Cultura Afro, Lei Maria da Penha, Política, Educação para o Trânsito, entre outros, precisam estar incluídos no currículo escolar, pois contribuem para a formação moral dos alunos e pleno desenvolvimento deles como cidadãos.

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